terça-feira, 18 de junho de 2013

Brincar é muito diferente de fazer pouco

Hoje, no fim do exame da minha cadeira, estando eu como vigilante, houve um mini motim de alunos a quererem fazer perguntas sobre os critérios de correcção. Pedi a palavra e, muito pacientemente, expliquei-lhes que não era hora para aquilo, que depois logo viam e que a minha religião não me permitia responder-lhes antes de publicar as notas. Os outros três vigilantes desataram a rir à gargalhada. Os alunos insistiram. Eu perguntei-lhes se eles queriam que eu ficasse a achar que, para cada um dos presentes, falar eu ou chiar um carro era a mesma coisa. Os meus alunos foram à vidinha deles. Resmungaram pelo caminho, de certeza, mas desampararam-me a loja. Os meus colegas continuaram a rir-se à gargalhada. Quando se recompuseram, perguntaram como raio é que eu pensava naquilo e tentaram perceber como é que os alunos ainda me suportam se, nas palavras deles, os gozo. Foi então que lhes expliquei que brincar é muito diferente de fazer pouco e que eu não gozo com ninguém. Eu brinco. Normalmente, com as pessoas de que gosto. É isto.

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