terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Casámos há um mês


(Arroz, pétalas e papelinhos de cores... Coimbra, 12 de Dezembro de 2015)

e neste mês mudou muito pouca coisa, embora tenha mudado quase tudo. É verdade que adormecemos agora sempre ao mesmo tempo e muitas vezes de mãos dadas, que acordamos lado a lado todas as manhãs, que ainda nunca jantámos longe um do outro, que já tivemos direito a um domingo inteiro de pijama, em casinha, que nunca mais nos separámos das nossas alianças e que passámos a ser marido e mulher. De resto, não mudou nada. E é essa serenidade dada pelo que o tempo a dois oferece que permite a paz de alma em que me encontro. Estou casada há um mês. Sinto que passou a correr. Não foi um mês idealizado, por isso, vinha sem grandes ideias. Acreditava que seria bom, mas foi muito melhor que isso. O tempo que levo desta vida tem o sabor melhor de todos que é o da naturalidade, da normalidade, do caminho que se faz, seguro, caminhando, sem pressa, nem vagar, ao seu ritmo. Estar com o B. continua a ser uma coisa maravilhosa porque não me exige esforço nenhum. Nem por agradar, nem por me adaptar. Estou onde pertenço, como se nunca tivesse sido de outra maneira. E, talvez por isso, o casamento me esteja a saber tão bem. 

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