segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Despedida de solteira... muito comme il faut!

Fizeram-me falta:
A Mafa, a Inês, a Cristina, a Rosa, a Dulce, a Cláudia e a Joana. Se às despedidas de solteira também fossem rapazes, acrescentaria a esta lista o Nuno e o Gera. 

Quem esteve, ocupou a minha tarde como só quem me conhece muito bem podia fazer: um chá com scones quentinhos numa das salas mais bonitas da minha Quinta para casar, presentes em forma de livros sobre tudo e mais alguma coisa (dominando os temas bebés e Natal) e uma sushizada no rio. Não podia ter sido mais perfeita. Quentinha, em verde e vermelho, cheia de luz e riso. Foi a melhor do Mundo. Pelo menos, do meu. Obrigada, Carlinha!

P.S. E pronto, hoje há nomes. Porque sim.

Sobre a black friday

Estive 45 minutos à espera de um casaco azul escuro básico de criança.
Demorei 30 minutos para encontrar uma alma que me fosse ao armazém buscar umas meias de menina até ao joelho.
Precisei gastar um tudo-nada mais de uma hora para pagar um robe e uns chinelos (sim, numa fila para a caixa... e não... não foi na Primark, nem na Zara, que aí, pronto, a pessoa diz que já sabe ao que vai...). 
Encomendei umas sabrinas quase duas horas depois de ter decidido quais as que queria mesmo (decisão que não me tomou mais de dois minutos).
Perdi duas preciosas horas da minha vida dentro do carro: uma para entrar no parque, outra para sair.

Eu tinha há muito visto que só na sexta é que podia tratar de coisas miúdas para o casamento. Organizei a minha semana e tenho o privilégio de contar com uma profissão em que, na maior parte dos dias, posso fazer o meu horário. É impossível que esta seja a realidade de toda aquela maralhada de gente. Não acredito também que sejam todos uma cambada de desempregados porque, em boa verdade, a maioria trazia sacos nas mãos. Então impõe-se a pergunta: Há pessoas que faltam ao trabalho para ir às compras, não há?! 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Imitação

Veio ontem. Volta hoje. Estamos a ver se imitamos a vida lá para diante e nos olhamos nos olhos todas as manhãs. 

Falta um mês para o Natal

Falta um mês para o Natal e nesta casa já se respira o cheiro bom da época. Temos árvore, temos estrela, temos coroa na porta, temos presépio, temos louça vermelha e dourada, salpicada de estrelinhas, para o café do fim do almoço, temos chávenas grandes de chá com bonecos de neve estampados, temos individuais com debruo de verde e desenhos de folhas de azevinho, temos renas no pano do cesto do pão, temos luzes quentinhas e velas com aroma de baunilha, temos chá de gengibre e as gavetas com saquinhos de cheiro novos, de alfazema. Nesta casa é Natal e daqui a pouco mais de quinze dias será Natal em nós. A dois. 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Lua de mel

 Primeiro aqui.

 Depois aqui.

E, por fim, aqui.

O lema da cidade de Paris

Fluctuat nec mergitur.

Está escrito no escudo da cidade desde a Idade Média, muito antes de se falar em terrorismo, ISIS ou Kalashnikovs. Significa: "É sacudida pelas ondas, mas não afunda!"

domingo, 15 de novembro de 2015

Ontem

Ontem dormimos descansados, estafados de uma semana como poucas, acordámos descansados, tomámos o pequeno almoço descansados, demos um jeito na casa descansados, tomámos um banho descansados, vestimo-nos descansados, arranjámos as coisas para levar para casa dos meus pais descansados e saímos de casa descansados, cerca do meio dia e meio. Na rua, em frente à nossa porta, havia muitos vidros de todas a cores e bocados de metal cinzento. Reparámos que o carro do B. tinha uma lateral desfeita. E perdemos o chão. Depois, virei a cara em desespero e encontrei o meu carro, do lado de lá da rua, estacionado num sítio onde eu não o tinha deixado, passível de se reconhecer única e exclusivamente pelos bocados de sacos da Vista Alegre que apareciam entre os destroços. Deixei cair tudo no meio da estrada e com o tanto que chorava e tremia, não sei como não caí também eu. O carro do B. está para consertar, sabe Deus quando. O meu, companheiro inseparável desde o dia 31 de Julho de 2004, em que me apareceu à porta de casa dos meus pais com um laço vermelho em cima porque o curso estava acabado, não tem conserto. O jovem que, sem carta, enquanto eu dormia depois de uma semana de trabalho, me "roubou" o meu carro, levou com ele bem mais que isso. Levou-me a paz que se deseja às noivas a quatro semanas de casarem e as memórias infinitas dos momentos bons e maus que passei naquele lugar. Têm sido anos complicados, estes. Quando estamos a ficar bem, vem uma puta de uma sombra de doença, uns chanfrados de uma Faculdade que permite que as teses não se marquem e as vidas das pessoas fiquem em suspenso, um cliente que faz ameaças ou um jovem sem carta que, numa rua inteira, resolve acertar nos nossos dois carros, e desorganiza-nos ainda mais a vida. Juro que me esforço por ver o copo meio cheio, que sei que em Paris morreu gente e que, é verdade, pode sempre ser pior. Pedia era que, entretanto, parassem os testes de resistência. Estou a ficar mesmo cansada. 

P.S. Nos sacos da Vista Alegre, por onde o reconheci, restavam os cacos em que se transformaram os pratos mandados fazer de propósito para o bolo do nosso casamento. Levantados na sexta à noite na loja para entregar ontem na Quinta. É isto.

P.S. 2: Eu precisava de escrever isto, a ver se páro com os ataques de choro. Trabalhei toda a tarde para tentar abstrair-me, mas não é fácil. Precisava escrever. Mas não quero falar. Não quero falar mais disto, pelo menos para já. 

sábado, 14 de novembro de 2015

Outra vez... não!

Atentados em Paris, 13 de novembro de 2015

Um murro no estômago para quem pensa pôr filhos no Mundo... O que é isto? Quem é esta espécie de gente que brinca assim às mortes como quem acha que a vida é pouco mais que nada?