quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mutatis mutandis


Gostamos ambos de Hopper. Muito. Eu conhecia "O quarto de hotel" e pouco mais. Ele conhecia praticamente tudo. Mas enfim, dizia, gostamos ambos de Hopper. E gostamos especialmente deste quadro, cada vez mais as imagens do pincel dos artistas a dizerem tanto de nós. Nunca nenhuma tanto como as que nos recordam Arles, mas sempre uma e outra tela a somar-se às nossas conquistas comuns. 
A figura feminina da imagem, muito mais bonita, muito mais elegante, muito mais loira, muito mais rara, muito mais perfeita, garante o meu homem, fá-lo lembrar-se sempre de mim. É do amor. E o dele, tão cego, exagerado ou desatento, é, sobretudo, sempre, sempre, sempre precioso. 

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