quarta-feira, 4 de abril de 2012

Preguiças várias

Quando, no ano passado, voltei às caminhadas, pensei "Bolas, ando há anos para fazer uma playlist e nunca faço. Tem de ser agora. Até andava com outro alento." A verdade é que, gostando mesmo muito do silêncio, também gosto de música. Muito. E gostava de ter paciência para organizar várias playlists - uma para andar a passear, uma para andar depressa e com ritmo/correr, uma para trabalhar, uma para fazer nada e uma, só de instrumentais, com muito piano e violino, para pensar na vida (já sabem que não consigo pensar na vida com músicas com letras... só podem ser instrumentais!!! Cada tolo com sua mania!). Mas nunca fiz nenhuma. Fui adiando. Não decoro nomes de músicas ou cantores. Vou gostando e, mesmo o que publico aqui no blog, vai marcando os meus estados de espírito. Portanto, é com profunda admiração que vejo que há quem tenha a disciplina necessária para se eleger os sons essenciais, como uma coisa sem a qual não passaria se fosse para a ilha. Ontem recebi uma playlist. Tem coisas que não conhecia e algumas com que já me tinha cruzado. Tem sons de que gosto muito e outros de que gosto menos. Está a fazer-me companhia desde o comecinho da manhã e tenho, cada vez mais, a sensação que, não fosse a preguicite aguda e a desculpa mais que perfeita e verdadeira de ter outras coisas mais urgentes para fazer e... era hoje que me punha a fazer playlists. E pronto. Já sabem, quando não souberem o que é que me hão-de oferecer, ofereçam-me uma playlist. Vocês, meus seguidores mais kikos del cuore, já me conhecem bem. É muita música de constituir família, muito final feliz, muita coisa que apele à lágrima fácil, muito instrumental de piano, muito som melodia, cheio, quentinho, nada de batuque gratuito. Sou uma querida. Até vos dou dicas. E com tempo. Faço anos em Dezembro. Coincidentemente, também é Natal. Cá beijinho :)

1 comentário:

  1. Por vezes não se trata de eleger os sons essenciais. Tenho para mim que fazer uma playlist (uma de verdade, daquelas que vêm do fundo de nós) não é mais que tentar falar com palavras emprestadas, dizer através da musica aquilo que a razão tanto gosta de calar.

    É mais ou menos isto:

    http://www.youtube.com/watch?v=zu1V3R-Jpwo

    ResponderEliminar