segunda-feira, 16 de abril de 2012

Não sou eu que digo #1


Durante a vida encontramos algumas (poucas) pessoas que achamos serem especiais, que são exatamente aquilo que procuramos, que nos completam, que não são perfeitas, mas que são perfeitas para nós e a quem entregamos o coração, sem reservas, sem limites de qualquer tipo. Algumas dessas vezes, o nosso coração depois é mal tratado, espezinhado e ignorado das formas mais brutais possíveis e o nosso mundo parece acabar e pensamos que nunca mais vamos entregar o coração a ninguém, porque o que vai acontecer é sermos magoados outra vez. Analisamos e voltamos a analisar todos os momentos da relação, o que dissemos e o que não dissemos, o que poderíamos ter dito e o que deveríamos ter dito, mas tudo em vão porque o que foi, simplesmente não volta a ser.
Dizem-me que também é disto que a vida é feita e que no fundo todas as más experiências que nos acontecem servem como antecâmara para aquele alguém que realmente vai achar que o nosso coração é um tesouro inestimável e vai guardá-lo com todos os cuidados e que em troca também nos vai dar o seu coração para guardar. Gostava tanto de acreditar nisto e que há um propósito para estas tentativas falhadas e gostava também de acreditar que num mundo de 7 mil milhões de seres humanos, todos eles encontram o seu alguém, mas sei que isto não é verdade e não estou numa fase em que, no meu caso, essa felicidade suprema me pareça possível…


*Não fui mesmo eu que escrevi. Foi outra pessoa, um amigo. Mas merecia ficar aqui. E houve acordo quanto a isso.

8 comentários:

  1. A verdade é que, com maior ou menor regularidade, vais, durante toda a tua vida, analisar os momentos maus e os momentos bons dessas relações falhadas. Vais tentar encontrar uma justificação, vais tentar encontrar o momento em que erraste... sim, porque a verdade é que acreditamos que o erro foi nosso. O segredo é aceitarmos o que se passou, é aprendermos, é, no fundo, passar a saber viver com as experiências da nossa vida por muito que estas nos tenham magoado. A minha história ensinou-me que devemos ser cautelosos mas não devemos ter medo de viver. Tive momentos em que pensei que não conseguiria viver mais, o meu mundo, como eu o conhecia, tinha sido destruído... pior a destruição tinha partido de quem eu menos esperava. Até ao momento em que tu percebes que em primeiro lugar a tua felicidade tem de depender de ti e não do outro, até ao momento em que tu aprendes que a primeira pessoa que tu tens de amar és tu próprio. Depois disso tudo muda, não porque o mundo ou as pessoas mudem, mas porque tu mudaste, tu cresceste, tu não fechaste o teu coração. Permite-te ser feliz, não vivas para o passado. Vive para o presente e para o futuro... Foi o que eu fiz e hoje sou livre, feliz, amada e, consegui voltar a amar.

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  2. Faz-me falta quem me escreva assim... já tive, o meu Almor :)

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  3. Vou a um retiro/worksop/aconselhamento para casais ou para quem pensa um dia casar ( mesmo que não tenha namorado;-))

    se estives perto de mim.... tb ias.


    Vai ser só rir/descontrair/relativizar

    erva doce

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  4. Admiro muito a capacidade que algumas pessoas têm de passar para o papel o que pensam e os sentimentos. Um texto muito bonito, recheado de substância. Bj, Teresa.

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  5. Ao ler este texto, conclui mais uma vez aquilo que muita gente diz e que eu mesma concordo! Não há diferenças entre homens e mulheres, no fundo tdos nós pensamos, vivemos e sofremos da mesma maneira. E é muito interessante, ler um texto assim, escrito por um homem. Pois a capacidade de admitir o que nos vai na alma, nem sempre é fácil de tranpor muito menos para palavras! Muitos parabéns e que este seja o primeiro de muitos.

    P.S: Adorei o comentário da C.B., melhor impossível! É bom saber que nunca é tarde para sermos felizes:))

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