quarta-feira, 29 de março de 2017

Coisas giras, que as futilidades também são precisas, caramba!


Nike

Omnia

Omnia



Pretty Ballerinas

Michael Kors

Ti sento


Massimo Dutti

Com pequeno F. a nascer, sapatilhas e carteiras à tiracolo serão o meu novo must-have! Tenho muito pânico de cair. E de não ter mãos livres para as festinhas ao filho. Depois, bem, depois há as futilidades de sempre: brincos, sabrinas cheias de brilho e vestidos com rendinhas. Sou uma rapariga de detalhes.

terça-feira, 21 de março de 2017

Pê de Pai. O meu, que perdeu 54 quilos nos últimos seis meses, depois de quase nos ter deixado para sempre, deitado numa cama da sala de emergência de um hospital, o que só aceitou tratar-se para poder conhecer um neto que à altura não contava sequer com 12 semanas na minha barriga, mas se fez forte na determinação de também conhecer o avô, ansioso, estou certa, pelas tropelias a dois que serão só mesmo deles - o meu, esse mesmo, tinha um sonho. Tão fácil de realizar para qualquer um e tão inatingível para ele nos últimos 30 anos... Gostava que me dissessem, cada um de vós, o que representa para si vestir umas calças de ganga. Dou voltas à minha cabeça e não consigo imaginar a magia de uma coisa tão simples. Mas vi-o chorar no domingo, assim, contemplativo, perante umas calças de ganga. Limpou as lágrimas sem qualquer pressa ou vergonha e abraçou cada um dos filhos como se lhe tivéssemos, numas calças de ganga, devolvido a esperança numa vida com saúde. Pê de Pai. Coisa extraordinária.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Primeiras horas

A roupa interior é a que o pai usou quando nasceu. O resto, bem, o resto é NaturaPura. Nas primeiras horas tem tudo bege. A partir daí, o céu é o limite. Tem fofos de xadrez escocês, tem umas dez mantas diferentes, tem fraldas com o nome bordado, tem envelopes de tecido feitos à medida para cada toilette, tem gorros com a forma de pequenos animais, tem jeans, tem tapa fraldas feitos à mão, tem collants a condizer com cada casaco, tem saquinhos personalizados para tudo e mais alguma coisa, tem sapatos de atacadores e pantufas da Serra da Estrela para recém nascido, tem babetes de mil feitios, tem roupa com mensagens, um kikonico com o nome dele gravado e uma mala de viagem só dele, novinha em folha, azul cobalto. É um mimado. 

99

Percentil 99. Não é muito gordinho, mas está para lá de todas as médias quanto à altura. O meu homem sempre me disse que eu era praticamente anã e que o mais certo era termos filhos que a meio da adolescência já me olhassem de cima. Confirma-se. Resta apenas acrescentar que há consenso médico quanto ao facto de pequeno F. vir a ser mais alto que o pai. Muahhh... O pai vai passar a também ser um minorca nesta família!!!

Wishlist de uma grávida

Já informei o meu marido, os meus pais, o meu irmão e quase todos os amigos. Quando o pequeno F. nascer, dispenso, nas visitas à maternidade, flores e chocolates. Quero mesmo é que me levem sushi. Muito.

Fita cola


Costumamos brincar com o meu pai porque tem a mania que qualquer coisa se consegue resolver com "um cordelinho", "um palito", "trombocid" e "fita cola". Para tudo, para qualquer problema, o meu pai menciona uma ou várias destas maravilhas. Há alturas em que nos rimos só de olhar para ele e pensar que a pessoa que partiu a perna precisa é de trombocid e um cordelinho ou que o carro que se espatifou pode voltar a andar com um palito e fita cola. Sempre que o homem nos informa que "há um problema" (ele é muito drama queen), mesmo sem sabermos o que é, mas antecipando, pela cara, que é um dos problemas do pai, daqueles que só ele acha muito complexos, perguntamos, geralmente em coro "Já experimentaste trombocid? E um cordelinho? Se calhar isso vai lá é com um palito e fita cola!". Pois bem, o Trump não conhece o meu pai e o meu pai não simpatiza com o Trump, mas descobrimos agora que têm algo em comum. Depois de olharmos para esta fotografia, também achamos que o Trump sobrevaloriza a fita cola :)

segunda-feira, 6 de março de 2017

A sorte que é ter estrelas só nossas...


Temos quase tudo a postos para a chegada do pequeno F. Falta comprar umas fraldas descartáveis e enfiar tudo nas malas. Na minha. E na dele. Fazemos esta semana mais uma ecografia e estamos desejosos de saber novidades. A minha barriga cresce a olhos vistos, custa-me subir escadas, vestir os collants e esfregar o cabelo. Durmo de lado, mas acordo de duas em duas horas para fazer chichi.  Devo ter a bexiga do tamanho de uma ervilha, é o que é. De tão apertadinha para deixar o petiz à vontade.  Pergunta da praxe neste momento é se continuo a trabalhar. Continuo e não tenciono parar antes do parto. Ando cansada, mas não me estou a ver, ainda sem filho, a passar os dias enfiada em casa. Tenho um artigo para entregar até ao fim do mês (há muito tempo que a minha lista de pendentes urgentes não era tão curta) e por isso dava-me jeito não entrar em trabalho de parto entretanto. Há quem diga que já temos todo o ar de "fim de tempo" e quem aposte que ele só chega em Abril. Estamos à espera. Serenos, como nos pedem. A agradecer as coisas boas e a aprender alguma coisa com as partidas que sofremos durante os últimos meses. Temos um avô muito melhor, é certo, mas também passámos a ter uma avó no céu, em forma de estrela, há menos de um mês. Damos ao pai os mimos todos sem regatear e portamo-nos à altura do desafio. Tentamos ser e fazer o nosso homem grande feliz. É uma felicidade diferente, cheia de memórias, mas repleta de esperanças no futuro. Somos uma família com pessoas que vão embora, para o céu, em forma de estrela, e outras que estão a chegar. Somos a vida a acontecer. E é assim que temos de viver... Temos uma grande sorte. O nosso F. ainda tem quatro bisavós vivos. Tem os outros no céu, em forma de estrelas. O nosso F. ainda tem três avós por cá, cheios de vontade de o ver. Tem agora uma avó no céu, estrela que brilha mais que todas no escuro. O nosso F. tem uns pais que o adoram, e, também por cá, tem tios, tem primos e tem muitos amigos. Tem lá no céu uma constelação de estrelas boas que só podem olhar por ele e por nós, hoje e sempre, porque nos une, aqui, lá, em todo o lado e para todo o tempo, uma coisa chamada amor. É um F. rodeado de amor. E isso... isso é mesmo uma sorte!