terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Aos senhores da Meo

Depois de quase os ter insultado por telefone, sinto-me na obrigação de cá vir alertar o Mundo (pelo menos, o Mundo que ainda me lê). Pois bem, liguei-lhes há uma semana porque, basicamente, estávamos sem televisão e continuávamos a largar notas de cinquenta euros todos os meses como se as achássemos debaixo das pedras da rua. Informei, com a calma possível, que não estava fidelizada e que, por via disso, os queria fora da minha casa e da minha vida. Depois de uma hora ao telefone e um chorrilho de facilidades, vim com um serviço mais barato que o da concorrência e com mais canais e megas e boxes e o raio. Estava contente, embora desconfiada. Com esta gente, ver para crer. E então esperei as quarenta e oito horas pelo contacto e pus-me, comprovada a maneira estóica como me ignoravam, a ligar para lá nas horas vagas (poucas) e enquanto estava em casa a fazer coisas que não exigissem que a música dos homens se calasse (enquanto arrumava alguma coisa, via e respondia a mails, punha e tirava a mesa, enfim...). Passei dois dias pendurada no telefone sem que me atendessem. Hoje, veio cá "O técnico". Para mim, "O técnico" é uma pessoa que nos resolve a vida. Supunha. Mas não. "O técnico" passou cá a manhã, estoirou-me com três horas de trabalho porque precisava constantemente de informações e, embora me tenha devolvido a televisão, deixou-me com o mesmo serviço, tal e qual, que tinha antes: sem nova box, sem mais canais, etc. Segundo "O técnico", porém, com a chuva os serviços cobre podem sofrer avarias e, por isso, o melhor é migrar para fibra. Liguei para a Meo (sim, eu sou uma pessoa que parece desocupada) e fiquei mais umas duas horas a discutir com uma criatura que me ouviu da pá virada porque me diz que não há Meo Fibra no prédio enquanto eu lhe soletro o número de serviço que, diante dos meus olhos, vejo ligado para uma carrada de vizinhos (do prédio, entenda-se). "O técnico" diz que não os entende, mas, na realidade, eu não preciso de os entender a eles, eu preciso é que eles me entendam e me atendam a mim. Quanto à bendita segunda box, aquela que na semana passada demorava 48 horas a ser instalada, continua a caminho, certamente a pé, porque ainda cá não chegou. Liguei novamente para a Meo (reparem que o número para uma coisa não é igual ao número para as outras coisas, o que nos obriga a tirar um curso em linhas de atendimento automático) e informaram-me que talvez cá venham hoje, mas não garantem. Puxei pela memória e invoquei o argumento mais verosímil da histórias dos argumentos "Mas está, por acaso, a querer dizer-me que eu hoje TIREI O DIA para nada?! Acha que o meu PATRÃO vai aceitar que eu aqui esteja à vossa espera toda a semana?!" Sinto que o comovi, mas a verdade é que ainda cá não puseram os pés. Mudo, não mudo?!... Eis a questão. 

3 comentários:

  1. Eu cá mudava, no entanto, são todos iguais, nem melhores nem piores que outros, simplesmente iguais.

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  2. Olha a mim acabaram de quase gritar comigo ao telefone porque me recusei a dobrar os megas de internet nos telemoveis. Pena que eu consigo ser pior que elas

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  3. Nós temos NOS e somos felizes. Pode ser sorte ou acaso, não digo que não, mas tem corrido bem.

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