Quero. Tanto. Tudo.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Contra os nervos, limpar e arrumar, limpar e arrumar
O meu carro pifou. Acendeu uma puta de uma luz e juntou-lhe uma gritaria a piscar STOP e deixou-me a pé. Tinha uma casa para ver e tive de cancelar meia vida que tinha para governar ontem porque sua excelência resolveu que eu tinha pouco com que me entreter e pifou. Os incómodos da avaria valeram-me uma pilha de nervos digna de gente histérica, com choro à mistura e tudo. Para ver se me acalmava, puxei muito pela cabeça e resolvi que nada melhor que uma boa limpeza a fundo a qualquer coisa. Comecei eram seis da tarde e acabei à uma da manhã. Tirei todos os livros da estante da sala e organizei-os por temas. Limpei tudo com o rigor de um militar. Pus os papéis por ordem e redefini os lugares das fotografias e demais coisas de enfeitar. A aventura permitiu-me levar ao lixo uma sacada de papel do meu tamanho e separar duas caixas gigantes de teses de mestrado que hão-de ir morar para outra freguesia. Fui dormir muito mais calma.
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Tempo
Eu não quero o calor, nem a praia. Prescindo da água quente dos oceanos transparentes e das marcas das alças nos ombros. Vivo bem sem comprar mais sandálias ou protectores solares. Eu nem anseio propriamente por deixar tudo para trás das costas e partir vazia, em branco. Pode cacimbar de manhã e à noite, posso vestir casaco todos os dias e chegar a Setembro tão branca como inaugurei Agosto. Não me apoquenta estalar o verniz dos pés em sabrinas gastas de caminhadas pela fresca. Eu só quero é tempo. Tempo para estar e ser devagar e a preceito. Eu preciso mesmo é de ficar, de assentar e deixar o relógio sem pilha. Do que eu não prescindo agora é de coisas miúdas, tão pequenas que se perdem no resto do ano, entre as grandes, tão grandes que engolem tudo. Mais que férias, quero tempo. Comigo, com ele e com os meus. Tempo. Até me amadurecer a calma.
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