quinta-feira, 23 de julho de 2015

Esta semana está a atropelar-me... todos os dias!

Ou é por estarmos no fim de um ano lectivo difícil, ou porque o calor não me dá tréguas, ou porque não tenho conseguido ter tempo para dormir mais de quatro ou cinco horas por noite, ou porque até o couro cabeludo me dói quando me penteio... sei que esta semana está a demorar demasiado...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Soma e segue


O Piódão era um sítio que há muito queria conhecer. Massacrei, literalmente, o meu homem para me fazer a vontade. Por qualquer alinhamento estranho dos astros, quando eu tinha quase abandonado a ideia, mais do que convicta de que ele nunca, em bom rigor, sequer me ouvira, acenou-me com um fim de semana a dois na aldeia de xisto. No sábado, levantei-me eram sete menos um quarto, depois de na sexta me deitar às duas, para conseguir levar para o fim de semana a cabeça vazia de trabalhos urgentes. Corrigi provas com o mesmo sono que ganas que tinha de dois dias (quase) inteiros de namoro, passeio e descanso. Consegui. Acordei-o com a boa nova, arranjámos meia dúzia de coisas e lá fomos. O Piódão é bonito. Então à noite, da varanda de um quarto sobranceiro à aldeia, as luzes em presépio são mesmo, mesmo, mesmo bonitas. É bonito, mas é um daqueles sítios a que se vai uma vez e está visto. A estrada para lá faz enjoar até os condutores, obriga todos os ocupantes do carro a contrair os músculos da cara com medo das ravinas. É selvagem, inexplorado, com a pacatez de um tempo que só se encontra depois de dobrados vários montes e outros tantos vales, quase incompreensível para os adeptos dos dias frenéticos de sons e afazeres. O Piódão obriga a desacelerar, quanto mais não seja pelas ruas íngremes, difíceis de subir (e também de descer), pelo polimento traiçoeiro das pedras a chamar os rabos ao chão e pelas soleiras das portas enfeitadas de gente a mastigar o vagar de sair pouco ou nada dali. Gostámos muito. Tirámos muitas fotografias. Mas está somado à nossa lista de lugares e agora, bem, agora é tempo de somar outros lugares à lista. Nas férias... que só fazem tardar, caracinhas. Boa semana.

P.S. Foto do meu rapaz.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Estou-me a passar e vou começar à lambada

No exame que estão a fazer, num dos acórdãos que têm para comentar, a propósito da seguinte expressão "A arguida proferiu contra o assistente...", já vou no sexto a perguntar "Se ela tem um assistente, o caso não devia dizer qual era o seu trabalho? Ou isso não é importante?" 

Levantei os olhos e a voz e esclareci, há minutos:

"Para que dúvidas não restem, no terceiro grupo, o assistente a que o acórdão se refere é o assistente enquanto figura processual penal."

Estão a olhar para mim como se eu estivesse a falar-lhes de física quântica e em malaio.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

OXI

Eu não sei o que vai ser feito da Grécia, nem de nós, nem da Europa como nos querem vender que ela 
é (ou pode, ou devia, ou tem de ser). Eu sei que não consigo deixar de admirar os gregos, de lhes invejar a força de virarem a mesa. Eu nem sequer sei se o que fizeram ontem reproduz a sua coragem, ou a sua falta de noção. Sei apenas que quando não nos resta mais nada, sobra sempre a derradeira hipótese de dizer não. Parece-me que, se não for por mais nada, os gregos merecem ser aplaudidos pelo orgulho com que disseram: "No fim pode só haver abismo, mas então... escolhemos nós o caminho para lá chegar!"

Tenho magnólias à porta