Tive em tempos uma colega que se achava a rainha das sopas. Afiançava a dita que, mesmo quem não gostava de sopa, se rendia às sopas dela. Era tanto e tão pouco que, ao que parecia, a iguaria preferida do namorado da moça era... sopa. Pois bem. Sempre a história me soou a pouco. Mais ainda quando a minha colega pedia para sair mais cedo do trabalho porque era dia de... fazer sopa. A bem dizer, já na altura me parecia que a sopa era outra, mas como sopoexcluída que era, fui calando a má língua que me consumia. Posso hoje, no entanto, já conhecedora das ancestrais artes da sopa, garantir-vos uma coisa: quanto mais sopas faço, mais me convenço que o que a minha colega fazia era uma grandessíssima aldrabice e pouco mais. Tenho o creme de espinafres a ferver na cozinha e continuo aqui na sala na acção que o chefe elogia. Enfim...
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