Uma vez por ano, tenho de organizar ao detalhe um evento com vários momentos, gente vestida a rigor, pessoas que riem sem gargalhar, falam baixinho e se tratam pelos títulos académicos. Já me deu muito nos nervos. Agora só me dá nos nervos por saber que tenho mais que fazer, porque, no resto, já não tenho calafrios por ter de os contactar, por receber cartas em que antes de escreverem o meu nome quase que me abreviam o curriculum e por cada contacto com cada uma destas pessoas ser filtrado por nunca menos de 3 secretários. Só continua a dar-me nos nervos porque, embora lá tenha achado alguma gente de uma cultura enciclopédica e com uma história de vida apaixonante, a grande maioria é de uma cagança que faz doer a vista. Mas tem de ser e o que tem de ser tem muita força. É uma vez no ano. E não tem corrido mal. Estou a começar a organizar o evento de 2012. Comecei hoje a saga dos palavrosos intróitos. O melhor disto é ter de escolher um tema e um orador de referência, mas depois passar às coisas mais comezinhas como as flores adequadas para as convidadas, ementas com nomes em estrangeiro, repertórios de música clássica, etc. Vá... e reencontrar aquelas algumas pessoas insuperáveis. Mas este ano vai custar mais um bocadinho. É um evento onde, de ano para ano, não somo vidas, mas mortes. E as duas deste ano, por diferentes motivos, só podem fazer daquela tarde e da noite que se seguirá, inevitavelmente, um evento bem triste.
Quais nervos quais carapaus! O que Dra Rzinha não é capaz? ;)
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