Quando alguém nos magoa, deveria ser
simples colocar essa pessoa de lado, esquece-la, arrancar de dentro de nós
todos os pedaços de memória que nos ligam, avançar para outras oportunidades de
sermos felizes e eventualmente até perdoar quem nos fez sofrer, embora este
tipo de magnanimidade o deixe para alguém bem melhor que eu. O saber onde ela
está, com quem está, se pensa em nós, se se arrepende, deveriam ser das últimas
coisas a fazer parte dos nossos pensamentos, mas já se sabe que o coração não é
assim tão simples de controlar ou até perceber.
Questiono-me se há um tempo definido
para esquecer quem passa pela nossa vida e nos marca profundamente, se o facto
de por fim aceitarmos o fim de uma relação nos permite olhar para a outra
pessoa e não sentir mais do que o que se sente por uma das pessoas anónimas com
que todos os dias nos cruzamos na rua, ou se isso é uma fantasia irrealista e
impossível de concretizar.
Todos sabemos que muitas destas marcas
só desaparecem ou se desvanecem quando uma outra pessoa vem ocupar o lugar
principal no palco da nossa vida, mas será que estamos verdadeiramente preparados
para deixar isso acontecer quando, em eventuais oportunidades que surgem, as
inevitáveis comparações que logo são feitas derrotam a nova pessoa sem
possibilidade de recurso?
Da pessoa de sempre.
... :(
ResponderEliminarQuem é a pessoa de sempre?
Agora que já sei, sort of, que crie um blogue, que escreva, bolas! Que eu serei um dos primeiros seguidores. :)
ResponderEliminarMuito bom...
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