Quando há pouco cheguei à estação, vinda do bom mas bom, assim mesmo bom, fim de semana pelo Porto, saí do comboio e pus-me a caminhar. Estava uma grande confusão e havia muitas caras, tantas caras diferentes. Lá no meio, não sei vinda de onde, como invasão absurda do meu horizonte, podia jurar que estava uma cara conhecida. Parei. Mas parei assim de repente. Travei a fundo, percebem?! E continuou gente a passar por mim, em muitas direcções. E eu deixei de os ouvir, de os ver. Abria e fechava os olhos com força. Muitas vezes. Naqueles segundos senti o chão abrir-se debaixo dos meus pés. E um zumbido no cérebro. E uma dor no peito. Depois virou-se e caminhou na minha direcção. E, enquanto se aproximava, o meu ritmo cardíaco baixava, a minha respiração voltava à normalidade. Não era ninguém conhecido. Não podia ser. Mas era tãããooo parecido. E ia tirar fotografias.
:) é a nossa alma que nos persegue.
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