segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma coisa mimenta

No dia em que menos esperava, precisamente naquele em que comecei a desistir, veio o destino e resgatou-me, devagarinho. Se é possível dizer que os príncipes existem, que as histórias felizes acontecem e que o amor se constrói todos os dias, muito mais doce que dor, não deixa de ser verdade maior ainda que não há sonho, por melhor que ele seja, que toque um fiapo da magia da realidade quando, numa esquina da vida, se encontra a morada da nossa alma. Andei 31 anos à procura de alguém que se enamorasse de mim ao mesmo ritmo que me enamorava eu, que caminhasse na minha direcção com a firmeza que me permitisse avançar também, que me elegesse razão de ser e fosse feliz com essa escolha. Estava longe de imaginar que, quando é para dar certo, o amor supera tudo isso que sonhei para mim e, a cada dia, pode vir a vida surpreender-me com uma maneira toda nova de acreditar que a plenitude existe. Trago no peito, mais que qualquer outra coisa, o conforto de quem corta a meta, a paz de quem chega ao sítio onde é esperado, o desalinho de quem ainda nem acredita, mas, sobretudo, a alegria contagiante de quem chora enquanto sorri... assim, para o dia por chegar, para o amanhã por acontecer. Que permaneça. Que dure. Que não tenha fim. Que seja eterno. E uma história feliz. É oficial. Estou enamorada pela vida, por ele e por mim com ele. Escolho, por tudo isso, todos os dias, não dar muita guarida ao medo. Uma vez li que não devemos gabar publicamente, de forma efusiva, a nossa felicidade. Acontece que não posso, e acho que não merecem que o faça, calar como neste momento me sinto. Não estou só apaixonada. É de facto muito pouco dizer-vos que é isso. Reconciliei-me com a esperança. Assustam-me, naturalmente, ainda, os tropeções que a vida me tem reservados... mas sei agora, mais do que nunca, que o vou ter ali, de mão dada comigo, ao lado. Cai-se menos, estou certa, de mão dada com um príncipe, reconciliada com a esperança e com o coração inteiro - metade no meu peito, metade no dele. São as novidades.

8 comentários:

  1. e eu que sigo este blogue há tanto tempo, sinto uma lágrima rolar no rosto
    Parabéns e muitas, muitas felicidades, para quem não conheço e, paradoxalmente, sinto que sim...
    Lolablue

    ResponderEliminar
  2. no fim de ler pensei, cada panela tem o seu testo, e é mesmo :)

    ResponderEliminar
  3. Ainda bem que por aqui passei eu... fiquei feliz pela felicidade dos outros (a sua, concretamente), que seja eterna, mágica e contagiante, pois quem estiver por perto comungará desse estado.

    http://lavarcabecas.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  4. Não sei bem o que diga, mas esta felicidade é transbordante — transborda do meu computador, do meu iPad...e os monitores brilham ainda mais e quase sorriem com o teu sorriso que adivinho daqui. Parabéns! Felicidades! Vais ver que não acaba nunca. Basta que construas todos os dias com a paciência e dedicação que usaste até aqui. Um grande beijinho. :);)

    ResponderEliminar
  5. Passo por aqui sem comentar.

    Tinha a certeza que estavas "acompanhada" já algum tempo.

    Não foi suRpresa :-)

    O amor depois dos 30 têm outro sabor.

    Erva doce

    ResponderEliminar
  6. OH R:!!!Como fico feliz por si! Não há nada melhor do que estar nesse "estado sublime de convívio com o infinito".
    Um bj.
    C (en)

    ResponderEliminar