Feliz 2014, pessoas!
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
O balanço
2013 foi um ano bom. Quando, no final do ano passado, decidi que não havia balanços ou desejos que chegassem para deitar tudo cá para fora, estava muito longe de imaginar que este 2013 quereria tantas coisas boas para mim. Em 2013 voltei a ter ataques de pânico e vi morrer o Ti V.. São os espinhos do meu ano. Duros. Sofridos. Mas não é hora de falar deles...
Em 2013,
Escrevi um artigo a meias com o melhor melhor amigo.
Recebi uma encomenda directamente de S. Miguel.
Fui a um concerto da Ana Moura.
Estive sozinha em Espanha a trabalhar na tese.
Ganhei um sobrinho.
Acabei o primeiro ano do alemão com 16.
Fui ao casamento do meu primeiro amor e passei o tempo todo muito feliz por ele.
Apareci na televisão mais do que uma vez.
Fiz amigos. Conservei amigos. Aceitei que há amizades que se transformam numa coisa menos preciosa e pela qual não vale a pena sofrer em demasia.
Tive um bolo de chocolate na última aula do ano lectivo (só quem sabe onde trabalho, percebe a importância do evento!).
Dei mais entrevistas por telefone que em qualquer outro ano. Estou pro.
Aperfeiçoei-me muito na arte de fazer ovos moles.
Fiz muito yoga.
Pus quadros em casa.
Ganhei "um Van Gogh".
Botei taaaaantaaaaa faladura.
Recebi três jóias cheias de significado: um colar de pérolas, uma glória e um coração de filigrana.
Festejei um aniversário a cinco... e depois a dois.
Festejei um aniversário a cinco... e depois a dois.
Li alguma coisa.
Recebi um presente de ex alunos.
Tive amigos muito presentes, sobretudo em Maio, altura em que voltei a dar as últimas e se repetiram os ataques de pânico, esses maus.
Recebi em casa.
Comprei flores e livros.
Voltei a Madrid... e a Pavia.
Voltei ao Mónaco, a Génova e a Milão.
Andei pelo norte de Espanha, pelo sul de França e pelo norte de Itália, de mão dada.
Assisti ao inesquecível concerto do Camané, na Casa da Música.
Fui muito filha e muito mana. Sabe muito bem.
Pensei muito no doutoramento e trabalhei nele alguma coisa (e ainda não perdi a esperança de o acabar a tempo).
Ah... é verdade... e também...
comecei a constuir um amor, devagarinho, com um príncipe real que, tirando amuar, não tem assim defeitos que se lhe achem com facilidade. Comecei, sem pressa, a fazer planos a dois, e lançar dados ao futuro, pedindo-lhe que nos aconchegue os sonhos. Começámos um namoro sereno, pintalgado do perfume inebriante de quem descobre novas maravilhas no Mundo, mas sereno, maduro, crescido... e recortado com a paciência e a dedicação que, dizem-nos, o podem fazer durar para sempre. Assim seja.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Vila Viçosa
Se um dia passarem por Vila Viçosa, não se esqueçam, mesmo, de visitar o Paço Ducal. Numa visita de cerca de uma hora, guiada a preceito, ficam a saber que o edifício tem 2000 portas, 50 lareiras e uma janela por cada dia do ano. E podem ver o quarto de D. Carlos e o quarto de D. Amélia tal como os deixaram, ou apreciar os menus escritos pelo punho do Rei e ficar a conhecer a razão pela qual a Rainha sempre apareceu sentada ou muito atrás do Rei.
Além Tejo
Se a perfeição não existe, este fim de semana foi uma miragem. Podia ter acabado no sofá, com um filme visto a dois, enroscadinhos numa manta, mas como melhor que lamentar o que não foi, é não esquecer o bom que pôde ser, cá vai.
Na quinta feira à noite, pouco antes das doze badaladas, rodei a chave de casa e tinha, inesperadamente, luzes acesas e malas à porta. Recebi a meia noite nos braços do amor, com um beijo de parabéns, e esse foi o melhor de todos os presentes. Depois tive direito a um colar lindo de morrer, à jóia mais bonita que já vi, cheia de todos os significados que nós cá sabemos. Um dia destes, mostro-a aqui. Ainda bebi um chá com o mano e dormi descansada uma noite bem feliz. Sexta almocei com os meus e rumei ao Alentejo pela mão do príncipe que 2013 me apresentou. Vila Viçosa é maravilhosa e o facto de estarmos pertinho de Espanha permitiu também ir além fronteiras. Descansei, dormi, comi maravilhosamente, namorei muito e fui tão feliz que vim com o coração cheio de vontade de voltar em breve e preenchido de certezas que este é um momento bom da minha vida. Os 32 começaram tão bem que os reveses todos hão-de passar. Com amor e paciência, compreensão e ajustes do sentido da nossa família.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
32
Primeiro a cinco. Depois a dois. Com os sentidos a colher imensidão alentejana e as mãos dadas firmes a um príncipe vindo do norte. Ah... feliz idade, estes 31 a acabar. Prenúncio do melhor do mundo, a vida toda por chegar. Que a paz do coração, as empreitadas conquistadas em lutas da razão e o perfume bom dos meus por perto me permitam sempre a boa nova de começar o dia com vontade de viver esta vida. É amanhã. É daqui a pouco. Faço anos. E que bom que isso é.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Às vezes, esqueço-me de dar às coisas só a importância que elas têm... Tenho pena. Vou tentar melhorar.
A FCT é uma instituição que zela pela capacidade de resistência emocional das pessoas com as quais contacta. Tenho o privilégio de ser uma delas. No dia em que me renovarem a Bolsa sem me obrigarem a ficar acordada até às duas da manhã a fundamentar as minha JUSTAS pretensões e a explicar, outra vez, que alterações unilaterais não são legítimas e que lhes fica mal todos os anos inventarem mais qualquer coisa para nos atrapalhar a vida, na expectativa que desapareçamos da sua vida, cabisbaixos, tristes e conformados, faço uma festa. Enfim. Mais uma moedinha, mais uma volta. Já me enervei, já respirei fundo, já me arrependi muito de me enervar por causa de coisas assim quando me rodeiam coisas tão maiores e já me recompus, encantada pela paciência dos meus. Infinita. Sempre.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Breve história de um nó no cérebro
O meu homem anda empenhado em dar-me um nó no cérebro. E calhou-me em sorte arranjar um homem esperto comórraio, o que dificulta ainda mais as coisas. Além disso, tratando-se de um nó no cérebro motivado pelo tema "presentes de aniversário e de Natal", reconheço, há grande facilidade em engrupir a minha pessoa, que basicamente passa, durante um mês, a ter a capacidade de discernimento de uma criança de cinco anos. Fico um bocado às aranhas, porque teimo em acreditar que vou descobrir os presentes que me vão dar, antes de as pessoas sonharem em dar-me as coisas. Tenho um problema sério, a merecer intervenção especializada, concedo. Aos trinta e um anos, a minha mãe continua a ter de me esconder as coisas, FORA DE CASA, para não acontecer de eu não me espantar com nada, por já saber exactamente o que vem em cada embrulho. Reparem: o problema que me assiste não é ser interesseira e querer receber coisas por aí além. Não. O que me consome é não saber o que é, nem que seja um pano da loiça. Porque enfim, gosto de receber seja o que for. É prenda, faz a minha alegria. Por essas e por outras é que às vezes penso que podia era pensar em criar um blog da moda, para ver se as marcas começavam a mandar-me coisas. Podia ser tralha. O que conta é a emoção de abrir o embrulho. Depois tomo a medicação e passa-me (just kidding). Sou fã de Dezembro, anotem aí, certamente também por ser o mês das prendas. Salvo honrosas excepções, é neste mês que recebo todos os presentes, porque é neste mês que faço anos e que é Natal. E escusam de me vir cá com as manias que as prendas são só para as crianças. Ofereçam-me uma mola da roupa, que seja, mas oh pá, ofereçam-me qualquer coisa, que eu fico logo bem mais contente. O meu homem (já disse que é um gajo esperto, não já?!), aprendeu a aproveitar-se disto para me pôr o coração em palpitações aceleradas, mesmo quando está lá na vida dele e eu aqui na minha. Já estive para receber de tudo o que podem imaginar, já me consumi a explicar-lhe que não quero que fique a pedir por me comprar um presente e acho que ele já entendeu. O problema é que agora está a fazer exactamente o que deve para me deixar feliz na hora h, mas tudo aquilo que me enerva toda até lá: diz que eu vou ter várias prendas, dá-me pistas baralhadas, chama para a conversa nomes pomposos de lojas lá da terra dele e de que eu nunca ouvi falar e é capaz de estar a conseguir dar ao cérebro de sua namorada um nó cego. No sábado, tivemos o primeiro jantar de Natal, o dos amigos. Vai daí, houve troca de presentes e acabei até por já receber alguns dos mimos do aniversário. O homem chegou a casa, pôs-se à vontade e sentou-se no sofá a descansar a cabeça enquanto via televisão. Eu?! Bem, agora que me pus a pensar nisso, lembro-me de andar ainda de botas e cachecol às duas da manhã, a correr pela casa, enquanto lhe repetia, insistentemente, "Eu tenho uma mala da ANITA!!!".
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Teletransporte
Vou ser fã disso. Ficam a saber. Ontem cheguei da porta de casa, em Coimbra, ao centro de Aveiro em 24 minutos. E senti que nunca mais era sábado quando ia na auto-estrada. Não vai voltar a acontecer, que eu, pronto, gosto de viver e tal e tal. Mas ontem teve de ser. E tinha-me dado mesmo jeito pensar em estar lá e pumbas, já estar. Enquanto não é possível, às vezes faço asneiras destas.
Eu não sou má... eu sou educada!
Há coisas que os meus alunos não fazem e a que, por via disso, não me habituei. Os meus alunos não comem nas aulas. Pronto. Não comem. Comem nos intervalos, mas por acaso não vão manducar sandes de courato para a sala de aula. Os meus alunos também não cochicham durante as aulas. Falam quando têm dúvidas, quando são interpelados e quando os divido em grupos para pensarem num caso prático ou numa questão de fundo, mas, de resto, estão calados. Faço um aviso na primeira aula. Costumo dizer que sou como o padre da minha freguesia e que se há coisa que não consigo fazer é falar quando mais gente está a falar. Aquilo incomoda-me. Muito. Vou ameaçando a malta que posso ficar ruim de aturar se não me fizerem essa vontadinha de estarem calados... e eles vão cumprindo. Em regra, ou me sento e me calo ou os envergonho diante dos colegas todos, perguntando se a mensagem que estão a enviar é para tirar o pai da forca ou se o assunto que não podem adiar dizer ao colega do lado é uma confissão amorosa. Tem resultado. Os meus alunos não saem da aula para fumar ou esticar as pernas. Vai daí, quando me pedem para dar aulas de mestrado a médicos e enfermeiros e o diabo a sete, parto do princípio que, pelo menos, se hão-de comportar como os meus alunos da licenciatura. Mas não. Ele é vê-los beber iogurtes, ele é vê-los desembrulhar pães, ele é ouvi-los roer maçãs, ele é ter de, de cinco em cinco minutos, perguntar se há dúvidas lá atrás, ali do lado da janela ou naquele grupo da senhora de cor de laranja ou do senhor de fato castanho. Fui enchendo meu saco, como diria uma amiga brasileira. Enchi-o até cima, cheia de maneiras. Mas as alarvidades não paravam. Por isso, enfim, investida de todos os meus conhecimentos de filha de professora primária e de toda a minha experiência de irmã mais velha, mandei-lhes um berro. Foi um senhor berro. E foi remédio santo. Agora vão fazer queixas ao pai, se quiserem. Arre...
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Por cá
Embora tenha acabado a conferência de ontem com um camadão de febre em cima, tomei um comprimido e ainda consegui ir à Baixa da cidade procurar uma coisa. Não encontrei o que procurava, mas acabei por descobrir uma série de lojas giras. Há muito tempo que não ia à Baixa... definitivamente. Aquilo começa a ganhar alguns sinais cosy que não me deixam desacreditar de vez na minha cidade. Pessoas, sendo assim, se ainda não compraram os vossos presentes de Natal, ficam as dicas.
- Loja sem nome, de artesanato urbano, quase em frente à Loja das Meias. Tem lá umas carteiras com estampagens dos livros da Anita (os meus preferidos de todos os tempos), que até me emocionaram de tão bonitas que são. É tudo lindo de morrer...
- Loja A de Amor, mesmo ao lado da primeira. Já aqui falei uma vez da marca A de Amor. Desconhecia que agora tinham uma loja em Coimbra. Tem coisas bem giras, sobretudo em bijuterias. Mas pronto, o meu coração não conseguiu apreciar bem quase nada porque ainda suspirava pelas malas da Anita...
- Coimbra Concept Store (não é bem na Baixa, é na Praça), mas tem coisas muito giras e em conta que podem dar presentes de Natal perfeitos. Também tem coisas caras comórraio, mas os tempos não estão para isso.
Se andarem pela Baixa e quiserem, a par das compras, comer qualquer coisinha:
- Não vão à Brasileira. O atendimento parece tirado de um filme de terror. Uma pessoa perde a juventude lá sentada. Entrei para beber um copo de leite quente e tive de esperar pela iguaria uns bons vinte minutos. As miúdas só devem ter duas velocidades: aquela e outra ainda mais lenta. E isso enerva-me.
- Vão a uma coisa chamada Nata, quase em frente ao Arco de Almedina. Não deve vender só natas e tem um ar mesmo bom. Não fui, mas hei-de ir.
- Pensem em ficar para jantar e explorem um sítio novo, com uma pinta mesmo engraçada, por trás do Tribunal. Chama-se Tasca ou Taberna Moderna ou coisa que o valha. Vão e depois contem-me tudo.
É isto. Não precisam de agradecer. Eu sei que me adoram e mimimi. Me too.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Cinema
Manoel de Oliveira faz hoje 105 anos. Há muito que não me rendo aos filmes do realizador português, mas não consigo deixar de lhe homenagear o talento quando me lembro que é seu um dos meus filmes preferidos de entre os clássicos portugueses: Aniki Bóbó. Vi-o vezes sem conta...
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Presentes de Natal - a lista
Faltam cinco. O da mãe, o do pai, o do mano, o da namorada do mano e o da minha melhor metade. Cinco. Estão comprados trinta e oito.
♥
Está o homem muito compenetrado a trabalhar, chego eu armada com esta varinha de condão e, enquanto a rodopio, profiro, solene, as palavrinhas mágicas:
"Declaro que és um príncipe e acabas de ser nomeado a coisa mais foffi da sua namorada!"
Somos adultos. E responsáveis. Embora possam, legitimamente, ter dúvidas.
Diz que Portugal saiu da recessão...
Acho inacreditável virem-nos com esta conversa numa altura como o Natal... Pior, só darem-me camisolas interiores.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Verdades e assim assim
Estou tão ranhosa, pessoas... tão ranhosa. E tenho febre. E dói-me o corpo todo. E farto-me de espirrar. E preciso de mimo.
Mandela
1918 - 2013
E mantenho o sonho de um dia aterrar em África. Acredito muito que só uma terra mágica pode criar um homem assim.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
A espera
Ao longo destes quase trinta e dois anos, tive momentos muito felizes, em que encontrei, nos outros ou até só em mim, um motivo a mais para sorrir com o corpo todo. E só quem já sorriu com o corpo todo pode entender como isso é bom... Não andei propriamente à procura de nada e não esperava, em ânsias, propriamente ninguém. Reconhecia, muitas vezes, que a minha maneira de projectar o futuro teria muito sentido a dois, que a minha idealização de vida comportava a ideia de família a que pertencesse como mãe e mulher, mas não deixei de viver nada por causa disso. Fiz as amizades que pude, as viagens, íntimas e no espaço, que desejei mais, os disparates que não soube evitar. Conheci gente. Fui-me apaixonando. E é verdade que fui, ao longo do tempo, sofrendo com histórias em que depositei esperanças genuínas de continuidade. Aprendi, com quase tudo, que a vida pode surpreender-nos, mas confesso que não aplicava o ensinamento ao amor e me custava acreditar que ele me batesse à porta precisamente quando menos esperava. O passar dos Invernos investiu-me da travessura própria de quem se habitua a contar consigo e a enumerar os seus sem poder referir-se a um companheiro incondicional de aventura. Digo-vos mais, que me revoltava com a declaração delicodoce de que os príncipes existem e um havia de me encontrar numa qualquer esquina da vida. É por isso que não uso o texto de hoje como matéria propedêutica para os corações à espera. Por mais que o diga, sei-o de cor, não vos parecerá possível acontecer-vos também a vocês. Deixo só a notícia vivida, o relato fiel, na primeira pessoa, agora deliciosamente metade distribuída no peito de outrem. O B. apareceu quando, juro-vos, menos esperava. Aliás, apareceu quando menos tinha cabeça para ver quem aparecesse. Apareceu pela mão de amigos comuns há mais de uma década. Apareceu depois de, certamente, nos termos cruzado durante um ano inteiro provavelmente todos os dias, sem que, porém, qualquer um de nós se lembre do outro. Apareceu por causa de um comentário inocente, de umas palavras tão inofensivas. O B. apareceu e pareceu-me profundamente apaixonável por fora, mas apanhou-me numa má fase, em que não realizei que pudesse ser apaixonável por dentro e simplesmente me esqueci dele. O B. apareceu disposto a conversar. A conversar sobre livros, sobre lugares, sobre o seu Van Gogh, sobre o seu Bach. O B. apareceu e eu não lhe liguei nenhuma, adiei as respostas, achei que não tinha pachorra, que não era prioritário fazer de simpática. O B. ficou, sem intenções outras que não fossem encontrar alguém que o ouvisse, que conhecesse o Al Berto, que pudesse querer, cheia de percalços, aprender mais sobre Arles e que ao fim de muito tempo ainda o fizesse rir com a reacção a piadas sobre a Enron. O B. ficou e resistiu a muitos testes. Bebeu chá com pó e tudo. Foi paciente. Não me julgou. Desempoeirou-me os medos e deu-me à luz de uma descoberta a dois que não tem tido fim. Todos os dias. Com a calma das relações que começam na hora certa, sem rodeios, mas sem pressas. Não sei se há dez anos viveria este amor assim. É provável que não. Sedimentei muito do que posso ser sozinha para chegar a ser como sou com ele, hoje em dia. Não tenho muitos medos, mas tenho alguns. E os que tenho são grandes. São monstros com os quais travo lutas ferozes, empenhada uma e outra vez em vencê-los. Temo não fazer o B. tão feliz como merece. Sei que um dos seus medos é não me fazer tão feliz como quer. Depois tenho certezas. Enquanto pensarmos nisto assim, enquanto projectarmos no outro esta razão a mais para sermos melhores pessoas, acredito muito, estamos no bom caminho. É a coisa mais foffi da sua namorada. E apareceu, acreditem, quando eu não o esperava.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Verdades e assim assim
Sim, sim, sou das que continua a escrever postais de Natal, daqueles a sério, em papel, que se levam aos correios e seguem com um selo até casa das pessoas queridas.
Gardasil
Uma francesa afirma ter sofrido imensos e penosos efeitos secundários após a toma de Gardasil. O Infarmed e o Ministério da Saúde já vieram, porém, acalmar as hostes e dizer que os benefícios da vacina são incomparavelmente superiores aos riscos que se correm e o laboratório francês veio explicar que não há qualquer associação inequívoca entre a toma da vacina e alterações do sistema nervoso central. Acho importante, apesar de tudo, falar da minha experiência com o Gardasil. Recebi a vacina como presente de Natal mal ela saiu. Foi um presente porque não era comparticipada para a minha idade e custava cerca de seiscentos euros. Tinha vinte e cinco anos, um historial pouco fácil em termos ginecológicos e antecedentes familiares pouco amigos e a minha médica apelou, na altura, à toma imediata da vacina. Tenho um medo imenso de tudo quanto sejam agulhas, desmaio a tirar sangue e sofro se preciso levar uma vacina, mas acedi, convencida que, enfim, é um mal necessário. Gardasil toma-se por três vezes. É uma vacina de líquido grosso e dada com uma agulha que aleija comórraio. Da primeira vez, fui sozinha. Fui vacinada no braço direito e cheguei a casa com muito custo. As dores no braço eram imensas e a ansiedade, misturada com uma certa fraqueza da mão direita, estava a levar-me ao desespero. Durou uns dois dias e passou. Da segunda vez, fui acompanhada. E ainda bem. Não teria conseguido conduzir até casa, tamanho o enfraquecimento dos braços. Ambos. Como por efeito automático. Fiz febre. Passou. Da terceira vez, doeu-me menos. Há, porém, uma dor que persiste. Mais no sítio da vacina dada no braço esquerdo. E reconheço que quando as minhas defesas andam mais em baixo, é também ali que o meu corpo o acusa. Nessas alturas, tenho menos força nos pulsos e uma impressão de picadela permanente. Não condiciona a vida de ninguém, mas é uma coisa chata e que, quando surgem notícias assim, nos deixa a pensar se tomámos a decisão certa. A vacina não nos torna imunes a todos os tipos de cancro do colo do útero e a verdade é que ainda não passou tempo suficiente para que possa dizer-se que não há, de todo, maus efeitos dela decorrentes. Quero, porém, acreditar que vale a pena, que é só mais um passo em direcção ao desconhecido, dado de maneira firme, na convicção de que prolongar a vida, de uma maneira melhor, é, afinal, possível. E continuo a achar que se tivesse uma filha (ou um filho, que a vacina também é para os rapazes), provavelmente, vaciná-la-ia.
Siddhartha
Adiava há anos esta leitura! Ia passando... não sei explicar. Ou talvez saiba: é provável que só agora compreenda devidamente o que nos pretende ensinar Herman Hesse neste livro! Li-o de um fôlego, tão pequeno e precioso o descobri ao abri-lo! É um excelente presente de Natal. Um mimo singular... para alguém especial.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
O Natal em minha casa
não podia ser um Natal com enfeites novos todos os anos, comprados por atacado e só porque estão na moda. Na realidade, até vou somando, todos os anos, alguma coisa nova ao Natal em minha casa, mas a verdade é que nada disso destitui do seu lugar os objectos mais antigos e cheios de significado para mim. O Natal em minha casa é, materialmente falando, como uma vida qualquer de uma pessoa saudável, em que à chegada de um amigo novo não corresponde, como por efeito automático, o afastamento de uma velha e boa companhia. Vamos por partes. Adoro o Natal e temo, com muita força, que algum dia alguma coisa triste se associe a esta data e me obrigue a acolher no peito os sentimentos contraditórios da expectativa boa e de uma má melancolia. Porque adoro o Natal, adoro coisas de Natal. Além disso, faço anos cinco dias antes do Natal, numa altura em que nada mais se vê tanto nas lojas como coisas natalícias. Por isso, fui angariando, ao longo da vida, objectos de Natal com os quais estabeleci laços de ternura profunda e sem os quais o meu Natal seria, agora que os conheci, um bocadinho menos feliz. A minha árvore de Natal não obedece às regras dos enfeites monocromáticos. Bem pelo contrário: rivaliza as atenções com a noção de salgalhada de cores, texturas, cheiros e significados. Mas não posso, não consigo, desfazer-me ou afastar-me, nem que seja de forma alternada ao longo dos anos, dos enfeites biológicos que a C. me ofereceu em 2006, das bolas da Disney que o melhor melhor amigo escolheu com desenhos da Minnie só para mim, do soldadinho que o N. encomendou expressamente para isto, lá na Alemanha. Nunca mais hei-de deixar de ter na minha árvore a bola do Principezinho e as estrelas de madeira perfumada com a história do nascimento de Jesus, por que me apaixonei em Viena, nem o anjo todo tosco, mas que amo de paixão, que tem umas asas do tamanho das mãos da T. quando era pequenina. Não vale a pena. A minha árvore de Natal, tal como a caixa de música, o globo de neve, a coroa da porta ou os presépios que agora me enchem a casa, são o que fazem a minha casa vestir-se de Natal. E não há moda ou dress code de árvores que bata aos pontos a emoção tão grande que sinto quando, ao olhar para cada uma destas coisas, me lembro do momento em que entrou na minha vida.
OE
Aprovado o OE, de que, dizia-se, e parece confirmar-se, não havia Plano B, as 40 horas, os cortes dos salários, das pensões, etc, etc, etc, assistimos hoje ao primeiro sinal, na minha opinião, verdadeiramente preocupante de endurecimento da luta. Reparem que, por exemplo em Coimbra, nem os Correios escaparam e os protestos cresceram espontaneamente com gritos "de guerra" por anónimos de olhos raiados de fúria. Enquanto na minha faculdade se assiste a pérolas musicais entre as aulas e em minha casa se veste o ar de quentinho natalício, o mundo lá fora enlouquece a passos largos. Soares previne a violência em discursos tão atabalhoados que se acredita que estivesse a incitar a ela. O Papa diz que a subserviência à economia a atira para o lugar de nova forma de tirania. E o meu país perde-se, correndo a direito sem olhar a nada, o meu país perde-se num caminho sem saída, sem inversões possíveis na marcha, sem desvios. O meu país perde-se num destino em que parece que não podia acontecer mais nada senão perder-se... E eu, confesso, começo a achar que isto é capaz de estar a ficar perigoso. Caminhos sem retorno e pessoas desesperadas dão becos sem saída emocionais. E pessoas sem nada a perder são capazes de quase tudo.
Cinema. Pequena R. sugere ao leitor
A minha mãe diz que isto lhe fez melhor que uma semana de férias. Eu ri-me tanto que a dada altura me doía a barriga. Ide, minha gente. Se gostavam do Quim Roscas e do Zeca Estacionâncio, este filme é a vossa cara :) O meu aplauso maior, a minha vénia mais sentida, porém, vai direitinho para a Patrícia Tavares. Há anos que não me ria tanto com uma personagem como me ri com a sua Célia Careca. Parabéns, miúda! Estás lá!
Ler
Gosto muito de ler. Acho que um bom livro pode, consoante as nossas necessidades, ser o nosso melhor amigo, o confidente de uma angústia premente (passe a aparente redundância) ou o companheiro de uma viagem longínqua que a alma enceta sem pedir licença, por necessidade imensa de desbravar tempo e espaço lá longe. Leio por prazer mais nas férias que durante o tempo lectivo, em que os meus olhos se estafam em leituras obrigatórias de matéria jurídica de toda a raça (menos fiscal, administrativo, trabalho e cenas dessas com números, que eu cá sou das pessoínhas). Este ano, porém, mesmo em férias li pouco. Voltava à minha Pavia adorada, pela mão firme de um amor a nascer, e não se impunha que me desviasse desse bom ritmo de namorar e pensar a dois. O silêncio, que prezo tanto como às palavras, fazia-se menos, e os livros, oportunos nos espaços vagos da vida, em que podemos saboreá-los melhor, iam ficando para trás. Além disso, há uns tempos que não me apego a um texto, assim daquele jeito em que me dói despedir do livro como afastar-me de um amigo que parte para longe. Tudo junto, tinha o meu homem convencido que lia pouco. Que lia, pois, que também não parece fácil poder ser o que sou, até profissionalmente, se não lesse, mas que ler não era tão gostoso para mim como para ele, leitor compulsivo de tudo e mais alguma coisa, capaz de absorver o melhor de um livro numa leitura diagonal, por pressa de recomeçar a lide da descoberta do novo. Ontem, acordei e pus-me a ler. Olhei-o, invadida por uma atenção grande que me chegava por cima do ombro, e descobri-o embevecido. Perguntei-lhe o que era. E, pelos vistos, apaixona-se mais por mim nos gestos miúdos de todos os dias: quando leio, quando bebo água ou quando me reclino no sofá e vou permitindo ao sono que me desça as pálpebras de mansinho. Este homem é um ponto. E agora combinámos ler mais. A ver se se apaixona tanto por mim que um dia destes até ficar a pé toda a noite porque me dá para falar lhe vai parecer lindo... e um episódio do mais apaixonável que há.
Lembram-se da minha wishlist?! Ora vamos lá actualizar isso...
Esqueçam as Uggs (mummy rocks :)), não precisam de se deter muito no casaco (já chega de loucuras e acabei por receber um tão pequena R. que compensa, pronto!), esqueçam os vestidos (by mummy, again) e esqueçam o ipad (está resolvido!!!). De resto... estejam à vossa vontadinha.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Aconselho o seguidor a sentar-se!
É que o relato vai demorar...
Pois bem... já fui a Braga e já vim. Era suposto. Pois. Acontece que entre ir a Braga e vir de Braga, tive uma série de testes aos meus nervos. Vale-me não andar na má fase dos ataques de pânico e mimimi, ou tinha desatado a chorar e acabado por não resolver porra nenhuma. Assim, e a quem interesse conhecer da minha resiliência, cá vai.
Saí ontem de Coimbra a tempo e horas de chegar a Braga com calma e ainda dar um giro para ver as montras. Pus gasóleo, vi os pneus, liguei o gps, sintonizei o auricular, seleccionei a música e pus rodas ao caminho. Em plena A1 e a dar os 140, o carro tem uma dor, ou o raio, e começa a tremelicar até perder a força nos membros, a tempo apenas de me deixar encostar à berma. Estava escuro como breu e se há quem ache que o Estado gasta muito a iluminar as estradas, fica a informação: O tanas! Liguei os quatro piscas e pensei sair do carro, mas tive um bocado de medo de ser atropelada e acagacei-me... confesso. Voltei a ligar o dito e fui em segunda e de quatro piscas ligados até à saída mais próxima. Saí na Feira e perguntei ao menino da portagem (quero ver como vai ser quando aquilo forem tudo máquinas!!!) onde havia uma oficina. Indicou-me a da marca, e lá fui eu (já disse que ia em segunda?!) até ao destino, no cu de Judas. Não sem antes, e farta de andar a pisar ovos, ter parado o carro, ter aberto o capô e me ter posto eu a ver se resolvia como desligar a mensagem irritante da "Anomalia antipoluição". Consegui apenas sujar-me toda e perceber que nada percebo de carros... Chegada à oficina, fiquei a saber que o carro tinha de ser ligado a uma máquina e que o homem da máquina já não estava, mas estava o Engenheiro. O Engenheiro não podia fazer nada, mas prontificou-se a dar uma volta no carro. Puxou até terceira mas quando tentou a quarta o filho da mãe morreu. Num ermo. Eu, o Engenheiro, o enfermo e um ermo! O que me vale, pensei, é nem todos os Engenheiros serem como o outro... Pode ser que este nem me corte às postas nem nada. Lá voltou a pôr o carro a funcionar e aconselhou-me a não andar com ele até Braga. Convoquei meia dúzia de pessoas dali da zona, pedi carros emprestados a meio mundo, que tinha de chegar a Braga (lembram-se que eu ia para Braga, não lembram?!), mas acabaram por ser os meus ricos paizinhos os salvadores da pátria, aka, eu, sua filhinha do coração. Lá puseram rodas ao caminho, de gambiarras em punho, para fazer a troca de veículos. Eu devia seguir com o carro da minha mãe para cima e eles deviam, até às nove da manhã de hoje, a passo, vir até à oficina com o meu... Assim foi. Toda lampeira, convicta de que já tinha tido a minha dose, lá fui para Braga. Cheguei perto das dez da noite, engoli o jantar no hotel e subi ao quarto. Estava a parecer a filha do cigano (com o devido respeito ao cigano e à sua garota): toda sujinha! Tomei um banho, ultimei as coisas da aula e refestelei-me a dormir. Hoje, pela fresca, acordei cheia de vontade de mostrar que a sorte é escapar, tomei o pequeno almoço, fiz o check out e peguei no carro. Não sei que voltas dei às indicações da moça do hotel (achei que não valia a pena ligar gps) e... perdi-me. Pronto. Perdi-me. Neste meio tempo, o carro começou a fazer um barulho estranho, mas eu só tinha duas hipóteses: ou parava e desatava a chorar... ou continuava e assobiava para o ar. Escolhi a segunda. Cheguei à Universidade e entrei pelo sítio errado, tive de dar uma volta ao quarteirão e estava, uns dez minutos atrasada, finalmente, onde me esperavam. Carreguei no verde, cumprimentei o segurança e fiquei a saber que... tinha um pneu furado. Bem... tinha um pneu furado e uma aula para dar... De quatro horas. Sendo que estava dez minutos atrasada, coisa que já não me estava a deixar muito contentinha. Segui viagem até ao estacionamento e fui para a aula. Comecei. Tiriri tudo muito certo. Mais ou menos a meio, dei dez minutos de sossego às almas, liguei para uma oficina e entreguei a chave do carro ao segurança da Universidade. Combinei que ou remendavam ou substituíam e que no fim havia de arranjar meio de chegar junto ao carro. Continuei a aula, correu tudo muito bem, tudo malta atenta, muita conversa e mimimi ai que lindas ideias e fez-se uma da tarde. Saí e dirigi-me à praça de táxis alegadamente mais próxima. Andei comórraio, carregada como uma mula, e a rir-me, só de pensar no lindo que seria se tivesse dado hoje para chover! Não havia táxis e portanto aproveitei a espera para ir comprar um pão com fiambre e um sumo de pacote para o caminho. Apanhei o táxi, fui para a oficina e preparava-me para pagar (praticamente o mesmo que vou receber pela aula (agora juntem hotel e portagens e verificam que ontem e hoje basicamente paguei para trabalhar)) e... não tinham multibanco. Sorri. Contemplei mais aquele contratempo e perguntei se, a pé, podia ir levantar dinheiro. Lá me deram as indicações, deixei-lhes a pasta e fiz o meu exercício matinal a ir ao banco e a vir. Paguei, peguei no carro, comi pelo caminho e pus o pé no acelerador. Acho-me em casa. E já não era sem tempo. By the way, eu compreendo. Tenho um melhor melhor amigo que é de Guimarães. Braga não podia, mesmo, querer nada de bom comigo!
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Falta um mês
para sair deste 31. E que ano tem sido este... tão rico em pessoas, em momentos, em lugares, em sentimentos... Um destes dias tenho de me dedicar a escrever sobre o que aprendi com ele...
Deve ser isto o amor...
Haver dias em que morarmos (ainda) em cidades diferentes me custa tanto que nem consigo dizer-vos o quanto. Hoje é um dia desses. Talvez por estar um frio que convidava a um abracinho, por ter amanhã de pôr perninhas ao caminho para enfrentar, pela primeira vez, um sítio novo onde posso trabalhar esporadicamente e por me apetecer, muito, um pequeno almocinho só nosso amanhã pela manhã. Enfim...
terça-feira, 19 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Sol e 4 graus
Os ovos moles saíram bem, para lá faz frio comórraio e diz que sou capaz de ter, desde ontem, ainda mais razões para gostar do meu rapaz...
Enfim
Estive 47 minutos à espera de ser atendida nos correios. Mais ou menos a meio do tempo, arranjei lugar para me sentar. Estava capaz de espancar alguém com a barulheira e a lentidão que para ali ia, mas ainda tive discernimento para perceber que tinha acabado de entrar uma senhora grávida até à sétima casa... quase a parir, basicamente. Tinha-me sentado há menos de um minuto, seguramente. Não chegara a aquecer o lugar. Era quem, de toda a malta presente, estava mais carregada com tralha e devia ter ar de esfomeada porque eram quase três da tarde e não engolia nada desde as oito e tal. Olhei de relance. Não houve uma única alma, entre dois homens mais ou menos da minha idade e duas miúdas adolescentes, que tenha tido a decência de se levantar para dar o lugar à senhora grávida. Passou-me pela lembradura desatar aos berros sobre boas maneiras, mas achei que seria em vão esse gasto excessivo de latim. Levantei-me. E dei o lugar à grávida. E fiquei a remoer três dias onde raio vai parar um país onde pitas e homens permitem que tenha de ser uma senhora a dar lugar a outra. Quando for velhinha, estou-me a ver de bengala, em pé, para dar espaço e condições à marmelada adolescente, pegada, de algum casal efervescente.
domingo, 17 de novembro de 2013
É hoje!
Hoje faço uma sobremesa para o sogricho... Conto com o vosso pensamento positivo, gente. Tudo a pedir que os ovos moles não ganhem grumos, ofáxabôr.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Mimos
Tinha sido uma manhã a trabalhar, um almoço atribulado, uma tarde a desesperar num centro comercial a abarrotar de gentio. Já engolidos pelo breu, atrasados para uma festa, deixei-o por dois minutos sozinho. Quando me abeirei, estava dentro de uma ourivesaria. E o resultado foram estes dois presentes tão maravilhosos como só nós sabemos. As imagens não lhes fazem, de todo, justiça. Os brincos são lindos de morrer e do mais pequena R. que pode haver e... são pérolas (as nossas pérolas...). A pulseira é muito simples. Tem um mundo azul, fios vermelhos e um infinito que não se basta e se lança pelo futuro fora, garantindo-me que é "Para Sempre". Se um dia me tivessem proporcionado uma visita à loja dos namorados, certamente não poderia escolher outro melhor. E não é, claro, pelos presentes. Embora sejam um mimo irresistível :)
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domingo, 10 de novembro de 2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Pessoas desorganizadas no trabalho
TIRAM-ME DO SÉRIO!!!
Estou capaz de ficar na cama amanhã e já está o assunto resolvido.
Estou capaz de ficar na cama amanhã e já está o assunto resolvido.
Pelas alminhas
Amanhã dou aulas das 8h30 às 14h00. Sim. Cinco horas e meia com vinte minutos de intervalo.
Há alturas em que não sei onde é que ando com a cabeça quando me lembro de aceitar os convites todos que me fazem porque mimimi são aulas e é curriculum e mimimi não custa nada mimimi tu és grande. Amanhã, que podia ser tão feliz a dormir um bocadinho até mais tarde. Amanhã. Não bato bem, definitivamente.
Sugestões de presentes de Natal #1
Em Julho, numa das muitas feiras que há por aí, encontrei esta marca, especializada em cadernos personalizados. Queria muito comprar um e custou-me escolher, porque gostei de todos. Acabei por decidir-me por um com a ilustração de um dos sítios mais bonitos que conheço - a minha faculdade. Sou completamente dependente de caderninhos. Uso-os para tudo e à custa disso o meu homem questiona-se se algum dia darei a um ipad a uso devido. Mas enfim, uma coisa não tira a vez à outra e acho o caderno um objecto de culto. Não me imagino a andar de carteira sem um caderninho. Talvez me venha a mania dos tempos de menina loira e de duas trancinhas, de quando fazia colecção de caderninhos miúdos e de folhas perfumadas, todos em tons clarinhos e cheios de pormenores. Comprava-os em todo o lado e eram um dos presentes mais valiosos que podiam oferecer-me. Lembro-me de um velhote, numa das tendas da beira da estrada, na Curia, em frente ao Parque, que até já sabia o meu nome. Ainda os guardo. Lindos, cheirosos, infantis. Usei alguns pela vida fora, mas nunca deitei fora, pelo menos, as capas, recordação de uma meninice encantada. Hoje, gosto de moleskine básicos, de cadernos de capas nervuradas, de blocos angariados em museus e de tudo quanto seja personalizado. O amor, porém, vê-se nos detalhes. E, por isso, prescindi do meu caderno 1/1. Cheia de convicção e genuinamente feliz por vê-lo depositado em mãos treinadas para escrever, tanto ou mais que as minhas. Hoje, assim, sem dar conta, com a televisão ligada sem som, de companhia apenas, a trabalhar, levanto os olhos e dou de caras com eles. Dei gás ao aparelho e fiquei a saber que a ideia é recente e de um conterrâneo, aflito, por alturas do Natal passado, para encontrar presentes originais e que não fossem demasiado dispendiosos. Fica a dica. Aproveitem. Um caderno 1/1 será, se dado à pessoa certa, um presente inesquecível.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Responso
Achei, uns três anos depois de a ter "perdido", uma caneta especial pelo valor afectivo que tem. Ando (sim... ainda... desde manhã (com intervalos)) em limpezas. Tenho esperança de encontrar uma pasta de dentes que comprei, paguei e trouxe para casa no sábado e que, pura e simplesmente, desapareceu, sumiu, se escafedeu.
Ainda sobre a Guida
Eu comecei a escrever um texto aqui no blog. Falava da minha repulsa por ela, tinha sugestões para quem precisar de penitenciar-se por ter comprado ou, pior ainda, lido algum livro da criatura (Eu li... era adolescente e queria saber que fenómeno era aquele. Li o primeiro. Depois comecei o segundo e vi que aquilo eram páginas em que a senhora se limita a baralhar as palavras e fazer com que lhe saia o mesmo e... desisti. Pelos vistos há quem fale em auto-plágio. Eu acho que é uma palavra demasiado chique para lhe chamar básica e portanto não subscrevo. Tenho pena que ela se ache. Tenho ainda mais pena que haja quem lhe legitime que ela continue a achar-se, mas pronto, optei por, simplesmente, desistir. Matá-la era pecado e bater-lhe soava-me a pouco.), e explicava-lhe, pacientemente e com linguagem simples, o que são os impostos. Por fim, com bons modos, destruía-lhe o castelo e provava-lhe, por A mais B, que não é esperto confiar cegamente na malta que vai para a política. Mas entretanto encontrei este texto e este vídeo e descobri que podia poupar-me a outros esforços, inúteis por sinal. Ela não iria entender e não. Não é burra, nem tem necessidades educativas especiais. Alinho com o Bruno Nogueira e acho mesmo que há ali um vazio cerebral que a impede de fazer melhor. Coitadinha.
É um amor docinho, regado a sol...
O meu amor é docinho e regado a sol. É um amor morninho, assim terno e maduro, sem as incandescências do Verão de que não gosto, mas antes o conforto que acalma a brisa de uma manhã fresquinha. O meu amor é um amor de bilhetinhos deixados escondidos, de mensagens mimentitas pelo dia e pela noite fora, de palavras bonitas ditas só porque sim, de mãos dadas na rua, dentro do carro ou deitados a ler. O meu amor é um amor de velinha acesa ao jantar e de dança e cantoria pela manhã. O meu amor é um amor com dias melhores, com dias piores, com momentos maus, com preocupações grandes, mas um Amor com A e a forma do mar, imenso, azul, sem fim à vista. Pode ter e tem turbulências, mas vai encontrando o pé e conseguindo, sempre, alcançar a costa, a terra firme. É um amor de presentes pequeninos, de recordações miúdas cheias de significado. É um amor como os pastéis de Vouzela - aparentemente tão frágeis, comprovadamente delicados, mas intensos, prometedores. O meu amor é docinho e regado a sol nascente e poente, coado por paciência e bem querer.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
A mulher que eu sou
Lembram-se deste post?! Pronto. Talvez não pudesse ser muito feliz a viver noutro tempo. Sobretudo se me calhasse em sorte ter de conviver com coisas destas. Oh... p-e-l-a-s a-l-m-a-s!!!
Não precisam de agradecer
O Natal está à porta e antes dele ainda há um lindo aniversário de uma pessoínha muito querida do vosso coração: eu. Sei que andam completamente desesperados, sem saber o que mais me agradaria receber. Vai daí, e porque não quero que vos falte nada, aqui ficam algumas dicas.
E livros e CDs e massagens e vestidos.
* Uma carteira vermelha, este casaco CH (que me faz bater o coração a mil), estas Uggs pretas, um par de Josefinas Paris e um par de Josefinas Luanda, um relógio giro e uma pulseira da colecção Love da Bimba e Lola, um repousa pés para a sala, um aspirador pequeno, flores (a-d-o-r-o), o novo sépia da YSL, viagens (já disse que o meu nome do meio é o verbo ir, não já?!) e, já agora, um ipad air.
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