O meu amor é docinho e regado a sol. É um amor morninho, assim terno e maduro, sem as incandescências do Verão de que não gosto, mas antes o conforto que acalma a brisa de uma manhã fresquinha. O meu amor é um amor de bilhetinhos deixados escondidos, de mensagens mimentitas pelo dia e pela noite fora, de palavras bonitas ditas só porque sim, de mãos dadas na rua, dentro do carro ou deitados a ler. O meu amor é um amor de velinha acesa ao jantar e de dança e cantoria pela manhã. O meu amor é um amor com dias melhores, com dias piores, com momentos maus, com preocupações grandes, mas um Amor com A e a forma do mar, imenso, azul, sem fim à vista. Pode ter e tem turbulências, mas vai encontrando o pé e conseguindo, sempre, alcançar a costa, a terra firme. É um amor de presentes pequeninos, de recordações miúdas cheias de significado. É um amor como os pastéis de Vouzela - aparentemente tão frágeis, comprovadamente delicados, mas intensos, prometedores. O meu amor é docinho e regado a sol nascente e poente, coado por paciência e bem querer.
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