Fui a casa do melhor melhor amigo, numa corrida, entregar o livro de que precisava. Não entrei. Toquei à porta, dei um beijinho, entreguei o livro, combinei coisas para amanhã e vim embora. Estou dentro do elevador já com o dito a começar a descer e ouço o melhor melhor amigo gritar o meu nome. Chego à rua, toco à campainha novamente e pergunto-lhe porque me gritava quando estava a descer. O melhor melhor amigo avança, resoluto "O Kique perguntou quem era à porta e quando eu lhe disse que eras tu, soltou um suspiro fundo e disse "Mas a tia nem nos veio ver...". E fiquei a sentir-me a tia mais desnaturada do mundo. Pedi que me abrisse novamente a porta, chamei novamente o elevador, subi novamente os oito andares, toquei novamente à porta, entrei, dei abracinho e pedi desculpas, desculpas, desculpas. O Kique e a mana, frios como nunca. E mais xis e beijinhos e desculpas e pressas. A mãe pergunta-lhes o que têm. O Kique acrescenta que continua "um bocadinho aborrecido com a tia". Depois, a custo, lá me deu um beijinho e um xi, ambos pequenitos. A mana foi menos peremptória. Desculpou-me com outras facilidades. Fiquei que nem podia, é o que vos digo.
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