não lhe chamaria saudade... É mais uma vaga sensação de que o que fica para trás não volta. De que o melhor que temos a fazer é deixar para trás sempre as coisas arrumadinhas. Mesmo arrumadinhas. Porque pode não haver nova oportunidade para abrir a gaveta fechada e voltar a dobrar as recordações direitinhas. O que fica para trás, fica. E não fica. Que não há nada que se perca. Até o que fica para trás vem connosco. Nesta vaga sensação. Ou lá o que é. Por isso é que, antes de fechar as gavetas, reabro e redobro tudo as vezes que forem precisas. Para não seguir adiante com a sensação acrescida de que o que ficou para trás, afinal, ainda não estava pronto para ficar fechadinho numa gaveta. É que não há descanso maior.
A saudade, o deixar coisas para trás é-me tão difícil por melhor arrumado que fique
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