A minha Baixa da cidade não prescinde da Sofia e da Rua dos Sapateiros. Conhece o antiquário escondido na Freiria e continua a deter-se nos recantos da Praça Velha, na traça das casas, nos telhados polidos e nas pedras gastas pelas horas de feiras de velharias. Reproduz momentos de há muito na Românica e sobe as escadinhas da Ágata sempre de cara voltada para o brilho das pedras preciosas da montra. Decifra a antiga Valentim de Carvalho, o Manequim e outros cantos assim. A minha Baixa da cidade sabe a fotografias de pose em tardes de Inverno, cheira a castanhas e canta músicas do Rui Veloso. Como hoje. Se viram uma pessoa de casaco vermelho, vestido, collants e botas pretas e rabo de cavalo atado com um elástico com uma pérola... a cantar, feliz e contente... era eu!
Lá fui trabalhar para a Baixa hoje. E, nesses dias, às vezes, tenho saudades do tempo em que as minhas rotinas se faziam por ali, no 37, no Tribunal e por ali.
Já não vou à Baixa com a mesma calma e descontracção dos tempos idos, agora leva-me o receio e o medo das pessoas estranhas que por lá se vêem...
ResponderEliminarKelle, nem por um momento me senti insegura. E olha que andei pelas ruas mais pequeninas e estreitas da Baixinha,
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