Gosto de estudar o fenómeno dos crimes sexuais contra menores. Já pensei muito nele, há provas disso. Mas ler relatos, muitos, verídicos, deste tipo de crime, continua a fazer-me um mal brutal. É a prova provada de que uma coisa é estudar a dogmática da coisa, a teoria, o fundamento, a abstracção... e outra, muito diferente, é pegar nisto tudo e juntar-lhe caras e nomes. Não gosto desta parte. Sou, indiscutivelmente, para sempre, muito mais que daquela minha costela de público ou da outra do privado, uma rapariga que gosta de estudar, estudar e estudar mais ainda coisas de menores, mas bastou-me um ano a associar caras e nomes aos casos. Quero abstracções, quero hipóteses inventadas. Pelo menos enquanto me lembrar dos últimos 30 relatos que li de um fôlego. Há mistérios na natureza humana que nunca hão-de deixar de ser mistérios... de facto.
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