19 das 20 empresas do PSI20 já estão sediadas fora de Portugal
Enquanto acabo de fazer um exame e dou uma espreitadela no peixe que está no forno, dou de caras com esta nota de rodapé no noticiário da SIC. A tv está sem som, como de resto está quase sempre, só para companhia, e portanto já não apanhei mais nada. Tudo quanto aqui ficar escrito pode, por isso, pecar por ignorância. Mas não creio que o faça em larga escala. Eu sei que a situação é péssima, que são necessários sacrifícios, que há uma dívida surreal para pagar, que a Troika nos bateu à porta, que o FMI está de olho em nós, que se usaram mal os fundos comunitários (e o dinheiro do ouro do Brasil e das especiarias da Índia e dos escravos de África) e tudo e tudo e tudo. Eu nem me atrevo a queixar muito, embora tenha 395 alminhas inscritas e só à minha conta e a partir deste mês, para tentar poder acumular uma bolsa, passe a ganhar menos que o ordenado mínimo, o que me obriga a desdobrar em mil e uma nicas que me componham o saldo bancário. Eh pá... pronto, tá-se. Mas custa-me ver o caminho e a proporção que a descrença no país está a tomar. Se não formos nós a olhar por ele, quem mais olhará?! Vamos agora virar rebeldes inconsequentes e dar de frosques às mais variadas adversidades?! Vamos aceitar que a tirada do Primeiro Ministro ao mandar-nos emigrar não foi uma saída infeliz mas uma coisa consequente que lhe saiu a propósito?! Vamos?! Deixo a sugestão... inocente, talvez, concedo: e que tal arregaçar as mangas e fazer frente à crise? E que tal apostar as fichas todas, arriscar? E que tal não optar pelo óbvio? E que tal baixar impostos e financiar PME consistentes? E que tal voltar a dar corpo e alma à agricultura, à pecuária, à pesca? E que tal aceitar que ter formação não equivale a ter educação e que não é preciso dar cursos de barato a ninguém? E que tal permitir às pessoas ter os bolsos compostos a ponto de deixarem de temer comprar mais um par de meias? E que tal por euros a circular, a mexer? Estou a ficar com dores na esperança de nos ver a todos encolhidos e de ver quem nos podia impulsionar para diante abandonar, como os ratos, o navio que ainda não afundou. Não sei. É uma sugestão... inocente, talvez, concedo. Fica aqui. Se alguém dos que manda nisto mais que eu me vier ler de quando em vez e quiser pegar na dita, é servir-se. Estamos cá para ajudar.
E que tal em vez de teres 395 alminhas, teres só 60, reduzir-se ao máximo o número de vagas? É que não sei para que é tanto licenciado neste país...
ResponderEliminarHá tanta coisa que se podia fazer e tão pouca vontade...