Há muitas coisas de que gosto nesta casa. Gosto muito, por exemplo, de a sentir com ar de ninho acolhedor, de ser muito R. em tudo, de, no pouco espaço de que dispõe, acomodar-me como um colo, dar-me a segurança dos nossos espaços, que até hoje encontrara em casa dos meus pais, em casa dos meus avós de baixo e em quase nenhum outro lugar no mundo. Mas do que eu gosto mais, muito por sobre qualquer outra coisa, é da vista desafogada, do horizonte imenso que se espraia de cada uma das minhas janelas, de como, nestes anoiteceres vagarosos do meio do ano, a cidade a pintalgar-se de pontos de luz me serena e permite relativizar quase tudo.
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