Pequena R. Maria, aos vinte e oito dias do mês de Maio do ano da graça de dois mil e treze e na posse de todas as suas faculdades mentais (diz que), vem, pelo presente, esclarecer que não se responsabiliza pelos estragos que possam vir a ser causados por actos irreflectidos da sua parte ao passar em frente à montra da Romeu. Para o efeito, adianta ainda que devem, todos quantos com ela privam, abster-se de a fazer passear pelo Dolce Vita, coisa que em muito contribuirá para a manutenção do seu equilíbrio remanescente. Custa-lhe, que custa, falar assim de si própria, mas é menina para se conhecer medianamente, tem mais onde gastar o dinheiro, só tem dois pés e diz que vai estar um verão de dar pena, logo, em nada está justificada a conduta que a ponha a pedir esmola por ser perdulária em sabrinas e sandálias rasas. A moça é doente, mas então que se trate. Está o país em crise e não estamos em maré disso. Notifique-se.
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