Andava há meses a dizer que havia de unir os sinais todos que tenho nas costas e descobrir, dessa maneira, que desenho formavam. Apontava-os com os dedos e tentava decifrar o desenho. Não conseguia. Fazia beicinho e pedia-me outra vez. Eu (já disse que sou uma namorada santa, não já?!), ontem, lá o deixei dedicar-se ao desenho. Antes isso que decidir picotar-me, pensei. Com uma caneta de tinta permanente, concentrou-se muito no seu papel e desatou a fazer-me riscos na costas. A meio, arriscou que aquilo havia de formar uma árvore, mas... não. O rapaz... e agora digam-me como é que eu posso namorar com uma pessoa assim, acabou por concluir que eu tenho... um galo de Barcelos nas costas. Aquilo, para mim, é mais um cão, mas ele teima que até vê a crista ao galo. Eu, que estou numa de não me chatear, sugeri-lhe que começasse, então, a tratar-me por có, diminutivo de có-có-ró-có-có. Se aceitasse, eu passava a tratá-lo bó. E, para todo o sempre, seríamos, enfim, o casal BÓCÓ! Ele diz que não quer. É um... TÓTÓ!
Sem comentários:
Enviar um comentário