Tenho lido todos os dias antes de dormir e pelo menos cinco minutos antes de sair da cama pela manhã. Tenho lido muito mais, mas do que falo aqui é daquele ler que alimenta a alma de sonhos e vagares deliciosos. Do que falo aqui é daquele ler que transporta o leitor para outro cenário, outra história, outra vida, tudo cheio de pormenores, de instintos, de adivinhações de cheiros, texturas e cumplicidades mudas. Do que falo aqui é do ler que apazigua, que descansa, que desmemoria dos problemas e aflições de quem trabalha a ler e a escrever e há dias em que só relê e reescreve e chega ao fim e lhe parece tudo pior do que estava no princípio. Falo-vos de tudo, menos de direito. Continuo apaixonada pelo Valter Hugo Mãe. Comecei a tetralogia do autor em meados de Dezembro. Até ao Verão, a meia dúzia de páginas por dia, conto acabá-la. Pelo meio tenho lido outras coisas. Redescoberto Al Berto e Viegas. Refiz-me n' "A mãe que chovia", nas "Cartas de amor de grandes homens" e numa vista de olhos rápida à história, escrita em alemão, que, em jeito de incentivo, me ofereceram pelo Natal. Ainda não consigo. Lá chegarei. Gosto tanto de arranjar tempo para ler. E para escrever. E para tomar chá. Tanto. Mais, talvez, às vezes, do que para pensar. Como agora. Como nestes primeiros dias de 2013. Pensar...
Então lê O Retorno, de Dulce Maria Cardoso. Li-o num ápice há umas semanas e gostei muito. Mesmo.
ResponderEliminarPara já, tenho-me deliciado com as crónicas do Valter Hugo Mãe. Mas a obra ficcional está à minha espera.
Desejo-te um excelente 2013, cheio de bons livros.
Marta