Soube ontem, ao fim da tarde, que devia estar hoje, ao fim da manhã, disponível para uma conversa com um professor japonês que anda a fazer um tour mundial de investigação sobre um tema em que, alegadamente, serei especialista. Vai daí, o chefe deu o meu nome e não havia como fugir. Lá fui, sem saber bem o que me esperava, mas certinha de como o meu inglês andava pelas ruas da amargura. Quando vi que o professor se fazia acompanhar de uma outra pessoa que faria a tradução das perguntas dele para português e das minhas respostas para japonês, respirei de alívio. A conversa durou uma hora, correu muito bem. Expliquei tudo muito explicadinho e ele olhava para mim como se estivesse a perceber tudo. De cada vez que a bola passava para o lado dele, enquanto fazia as perguntas, eu olhava-o com semelhante deslumbre ao que dizem abater-se sobre os burros diante dos palácios. No fim das contas, dissemo-nos arigato e ele pegou num embrulho e deu-mo em mãos. Umas trufas artesanais de caramelo, com muito bom ar, prometiam, dentro de uma caixinha toda bonita. E pronto. Até fiquei sem jeito.
Olha que sortuda!
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