Ainda não eram nove horas quando me sentei aqui na sala para trabalhar, depois de um pequeno almoço reforçado com um croissant com compota de amora e uma chávena de chá de erva príncipe. Trouxe o resto do bule para aqui e ele já ia a meio quando, há bocadinho, o mano aparece, despenteado, com aquele quentinho de quem acaba de acordar, o pijama ainda com as dobras da noite. Senta-se ao meu lado, diz que está frio (tenho a janela aberta), dá-me um xi apertadinho e um beijinho repenicado no lado direito da cara. Depois, com voz de sono, diz que vai voltar para a cama e dormir mais um bocadinho porque só tem aulas à tarde. Eu digo que está bem e que, se não acordar, o chamo. Dá-me outro beijinho e arrasta os pés crescidos pelo tapete da sala até fechar a porta atrás dele.
O mano é tão grande e, nestas manhãs, assim saído dos sonhos de uma noite comprida, cheira-me a bebé, tal e qual como quando se me deita no colo para o cafuné. Para a semana o mano já vai viver para outra casa...
♥
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