Foi uma aldeia inteira dentro de uma casa. Com o avô doente, os seus 94 anos a pregarem-nos sustos valentes cada vez mais frequentemente e a certeza de que é tido, mesmo, como um homem bom, no domingo, pelas 11h00m, em casa deles, dos avós, juntou-se uma aldeia inteira. Mais de cem pessoas distribuídas por salas, corredor, quartos e jardim. O avô, inquieto na sua frágil condição de recém aprendiz de ficar parado, não quis estar na cadeira de rodas, nem tão pouco sentado. Escorado, em peso, pelos braços fortes do meu mano, fingiu que consegue ainda estar de pé e, devo dizer-vos, comoveu-nos a todos. Foi mais uma Páscoa. Nunca se sabe quando será a última.
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