Não sei como são os vossos, mas o meu encara centros comercias em geral e lojas de roupa, calçado ou atoalhados em particular como provações assemelhadas a castigos para meninos maus. Por isso, e porque em regra se porta bem, não entende por que razão o obrigam a frequentar aqueles espaços demoníacos, em que mulheres se perdem em dúvidas acerca do tom mais beringela ou lilás da linha da costura traseira da saia ou das fibras naturais que componham a toalha de banho. Custa-lhe. Dá-lhe calores. E cansa-o andar. O homem que, da primeira vez que me levou a sair, me fez percorrer quase a praia completa da Figueira a Buarcos porque lhe apetecia caminhar "um bocadinho", agora fatiga-se nos corredores em que experimento formas de silicone e almofadas com penas. Chegámos, porém, a um acordo agradável a ambos. Somos amiguinhos e queremos a paz no lar. De ora em diante, ele preocupa-se em ganhar o dinheiro, eu, pelo que me compete, prometo ter muita imaginação a gastá-lo. É justo. Está feliz. Não vai voltar ao Ikea.
Olha que te vais arrepender...
ResponderEliminarA minha mulher diz que eu dou imenso jeito para carregar as tralhas que ela compra nessa loja do demo...