quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Feminismos

Sei que li muito atentamente o meu "Guia da rapariga de hoje" quando, ao ver um senhor com as mãos nos bolsos e a mulher a puxar uma mala e a carregar com um saco, fora a carteira que levava ao ombro, não me contenho e me abeiro dele, que ia adiante dela, de rota batida, só para dizer "Olhe, o senhor desculpe, mas, certamente por distracção, não terá reparado que a sua mulher está um bocadinho atrapalhada ali com a bagagem..." E sorri, simpática que sou. Uma foffi, vá. Ele olhou para mim e corou. Eu temi que me dissesse "Ai ela já está habituada!", mas não. Revelou-se só um pouco mouco. E disse: "Desculpe?! Como assim?!".  E eu, sempre sorrindo: "Então, um cavalheiro não comete gaffes destas, salvo por distracção." E apontei na direcção da senhora, que me pareceu sem pinga de sangue a assistir àquele meu momento de "Pequena R. não tem a noção do perigo e sujeita-se a levar uma lapada por gostar de ensinar as pessoas a serem educadinhas".  E, finalmente, um "Deixa estar, que eu levo o saco!". Do mal o menos, que a mala era de rodinhas. Ainda não fiquei bem contente e se fosse comigo tinha de gramar com umas trombas monumentais durante a viagem até casa, mas já foi melhor que nada. A sério... Eu não entendo esta malta. Isto não tem nada a ver com igualdade, com feminismos, com "Ai vocês são muito espertas. Querem ser iguais, mas é só para o que vos convém." Oh pá. Poupem-me. Isto é uma questão de educação, de cavalheirismo, de saber estar. Como esperarem que entremos em casa, acompanharem-nos ao carro, deixarem-nos passar à frente, irem do lado de fora do passeio, darem-nos a direita, etc. Custa-vos muito?! Plamordedeus.

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