Descansar muito não significa vegetar na cama ou entre esta e o sofá. Não. Embora ontem a médica tenha referido insistentemente que "a praia puxa pelas pessoas" e que devia optar por dormir vinte e quatro horas por dia pelo menos durante sete dias, acho que vou desobedecer-lhe. Se uma pessoa se entrega ao bom vício de pastelar nunca mais é sábado e, além do mais, a bem dizer descanso melhor se laurear a pevide, se estiver com pessoas amiguinhas, se conseguir aproveitar uns programas jeitosos. Preciso muito de paz e sossego, sopas e descanso, o meu amado silêncio e (pasmem-se) a minha praia ao fim do dia, quando o paredão se aproxima de nós porque o gentio se some e, no horizonte, cresce, indefinido, um céu orange. Preciso muito de tempo para não pensar em nada e de recuperar a sabedoria de organizar todas as minhas ideias sem que me buzinem constantemente nas ultrapassegens imaginárias que se fazem para me tomarem a dianteira do cérebro. Preciso. Mas também preciso de ler coisas bonitas, de ouvir música, de ver teatro, de ir ao cinema, de caminhar na areia e de decifrar as cores todas dos papagaios lançados no vento pelos meus amores mais pequeninos. Por essas e por outras é que o programa das festas não quer ajuntamentos nem berreiros, mas prescinde também muito bem de uma sucessão sombria e pacóvia de minutos e horas. Hei-de ir a muitos outros lugares e trazer comigo muitas outras coisas lindas para contar, mas, para já, está marcada uma visita à capital. Levo as belas... para assistirmos, juntas e mimentas, ao Musical Infantil "A Bela e o Monstro". E de modos que, para já, é isto.
Tudo devagarinho e a respirar fundo para aproveitar melhor. :)
ResponderEliminarQuando vens? (P'ra ver se estarei por cá)