terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Rir junto


A cada dia que passa me convenço mais que temos mesmo de casar com alguém com quem gostemos de conversar... Quando o tempo já for longo e quiser, como dizem, tornar-se nosso inimigo, restarão sempre bons momentos de conversa com alguém que viveu connosco muitas histórias, que segurou as nossas mãos inúmeras vezes, que nos abraçou quando sabia que precisávamos e que nos disse sempre a melhor palavra no tempo mais certo. Só construindo a vida ao lado de alguém com quem conversamos, vamos poder lembrar-nos, juntos, ao longo da caminhada, dos momentos felizes. Nunca me angustiou particularmente que a beleza passasse. Sempre entendi que não era por ela que o amor vingava. A beleza pode até desencadear o primeiro interesse, mas ela sozinha, como saca vazia no vento, não sustentará nunca nada de precioso. É a personalidade, a inteligência, o respeito, o sentido de humor, ..., aquilo que verdadeiramente nos aprisiona na cela dourada que é o coração do outro. Só ficando com alguém com quem realmente se goste de conversar, ao longo dos anos, se amansarão as diferenças. É por isso que não gosto das palavras travadas, das que ficam entaladas, a consumir o tempo que pode ser gasto a conversar... ou a ficar no silêncio bom de quem diz tudo com as mãos dadas e os olhares cúmplices. Melhor que encontrar alguém com quem gostemos de conversar, só mesmo encontrar alguém com quem gostemos de conversar e que ainda nos faça rir. Isso, sim, fará sempre toda a diferença... E as conchinhas também, claro.

4 comentários:

  1. É isso mesmo R* ...inha. A conversa, a cumplicidade, o rir, mas também o chorar, o rir os dois ao mesmo tempo sem que um ou outro tenham dito nada, mas porque viram, sentiram, ou pensaram o mesmo ao mesmo tempo, o saber o que o outro quer ou pensa mesmo que nada tenha dito...e é tão bom....um abraço para os dois aos mesmo tempo para que nada vos separe :);)

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