Sempre que faço um alisamento, na cabeça do meu homem eu vou ao forno. Talvez por me temer entre as placas quentes e as mãos ávidas da cabeleireira, empenha-se ainda mais em mensagens mimentas. Foi toda a tarde um fartote de mel. Estou aqui, satisfeitinha. Bem, mas pronto, indo ao assunto: fiz novamente um alisamento. É a quarta vez. Sempre com os produtos da Purah. Voltei ao mesmo sítio da primeira, e mudei do alisamento biológico para o químico. Garantem que dura mais, não estraga o cabelo e mimimi. Andava farta de deitar dinheiro à rua e ter de continuar a meter a escova e preocupar-me mais que dois minutos por dia com o cabelo. Tenho tanta pachorra para isso como para contar grãos de milho. Segunda feira corto-lhe para cima de quatro dedos e estudo uma maneira de disfarçar tanto branco sem ficar a parecer uma gata malhada. Gastei uma tarde inteirinha numa cadeira de salão, embora me tenha esforçado muito por não desperdiçar o tempo e tenha levado exames para corrigir e o computador com um artigo a meio. A vida de uma mulher é difícil, de facto.
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