Vi "Amor" e li "Como é linda a puta da vida". De uma assentada. Ambos. Tinha o primeiro há meses em cima da secretária. No outro dia, à noite, pus-me a vê-lo. Nunca me pareceu tão acertado ver um filme sozinha. Tão cru. Foi melhor assim. Prefiro, por agora, que os meus não o vejam. Nenhum deles. Não é o momento. Para ninguém. Tão cru, já disse?! Li o segundo hoje à tarde. Tenho imensas coisas para fazer e não é comum começar um livro quando estou a ler outro. Não sei, portanto, o que é que me deu. Para além de uma urgência na alma. O que aparentava ser um intervalo para tirar a roupa do estendal, acabou por ser um pretexto inesperado para afastar o Pepetela, reparar de novo no verdinho do MEC e abri-lo. Lembrei-me do meu homem, da página 34, das férias. Peguei no livro, parei diante das flores oferecidas anteontem e sentei-me a ler. Não parei. Até acabar. Não propriamente incomum, é um hábito mais raro à medida que os afazeres se avolumam e os livros profissionais de leitura imperativa se agigantam na lista bibliográfica da tese. Não sei, então, porquê. Mas teve de ser.
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