É tão difícil manter a palavra dada quando mais ninguém a mantém. É tão difícil, numa cadeia de compromissos, ser solitário na honra de um aperto de mão. É tão difícil não ceder. Até porque a honra não mata fome, não paga contas. Uma pessoa fica para ali, a ouvir a história da honra deitada fora e a alimentar-se do orgulho de poder continuar a dizer "Mas eu dei a minha palavra". E mais nada. Só orgulho. E o resto... penas.
No mesmo dia, duas sentenças maravilhosas para emoldurar. Lindas. Irrepreensíveis. Valores que chegavam para comprar uma casa cada uma. E a honra toda fodida em cada uma delas. Nem um tostão furado para executar. N-A-D-A.
Há dias em que me desacredito na justiça, nos tribunais, no tempo dos processos, na honra, até. Há dias em que acho que, não se resolvendo tudo, me aliviava distribuir insultos, porrada e até tiros. Há dias em que acho desprezível ser civilizada.
E o que custa engolir esse sapo?! Saber que podias estar com a tua vidinha organizada, fruto do teu trabalho e que não estás porque um (conjunto) sacanas filhos de uma quenga deram a volta à tal da justiça?! O meu volta e meia ainda cá anda... atravessado na garganta!
ResponderEliminarTenho um desses atravessado... e também me pergunto de tempos a tempos de que vale a palavra d'honra...
ResponderEliminarp.s. Será? Era uma coincidência engraçada! Ainda nos encontramos no Afonso a tomar um chá e comer uma daquelas empadas do demo :)
Ai... se aqui há um Afonso, eu não sei. Se calhar não, pronto...
EliminarPois não sei. Ando a ser conquistada por este canto da cidade: a minha vida profissional passa-se na vetusta Alta ou pelo burgo de Celas; a vida pessoal passava-se em grande medida na outra margem ...
EliminarVida profissional: pela Alta, idem aspas aspas :)
EliminarVida pessoal: nesta margem de cá, sempre. A meio caminho entre o teu burgo de Celas e a exponencial Solum :)