Voltamos à saga. Haverá, prometo, sempre coisas. Isto está à pinha de fenómenos. Estou aqui sentada desde as onze horas da manhã. São quatro e meia da tarde. Trouxe almoço. Comi aqui. Por isso, desde as onze, levantei-me apenas para fazer chichi e ir à biblioteca digitalizar uma coisa que não demorou mais de meia hora. Há um telefone que ainda não parou de tocar. E quando digo não parou, é não parou. Nunca foi atendido. E nunca desligaram, do lado de lá. Está alguém desde as onze da manhã, pelo menos, a ligar para aqui. Ou então o telefone está avariado e ninguém o cala. Tornou-se um barulho de fundo, que se junta ao programa do Goucha de manhã e ao da Fátima Lopes à tarde (sim, a sala dos professores tem uma televisão... ligada na TVI). Não há comando, nem conseguimos entrar na cabine onde está o telefone. Não posso calar a televisão, nem destruir o telefone. Está aqui uma colega que diz que o telefone nos enlouquece. Para evitar enlouquecer, fala enquanto escreve. Sabem aquelas pessoas que não conseguem ler em silêncio, para dentro? Esta colega é assim! O que me eleva os níveis de stress para patamares estratosféricos. Eu não me queixo. Não vale a pena. Beberico a minha água. Como uma bolacha de água e sal. Preparo aulas. Actualizo as mil plataformas em que nos mandam pôr o curriculum e tento avançar com artigos pendentes. Tirando isso, abro a boca e sonho com a minha cama. Às segundas feiras, sou violentamente arrancada da minha cama e dos braços do meu rapaz. É um trauma que só supero aos fins de semana. É complicado. Espero ao menos ficar rica com o que me vão pagar. Era o mínimo. Mas, vai na volta, se calhar nem isso!
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