Eu sou a que, na véspera do casamento dela, pergunta à amiga se ela tem a certeza. Sou a que chora abraçada a ela, com o vestido de noiva estendido em cima da cama, porque o silêncio dela não é de quem consente na minha afirmação a medo. Eu sou a que lhe diz vezes sem conta "estarei sempre contigo, mesmo que descubras hoje o que não queres". Sou a que foi feliz com ela nos últimos dois anos, a viu ser profundamente amada e respeitada e se aliviou pelo abraço macio e forte que lhe acalmou as penas que existiram. Eu sou aquela a quem hoje, passados muitos meses, conseguiu dizer "é o homem da minha vida". Encheram-se-me os olhos de lágrimas. De felicidade. Eu sabia que um dia, do fundo do coração, o passado ficaria para trás.
Quando morre uma história de amor, nem sempre o nosso melhor momento morre com ela.
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