Nunca tanto como este ano quis Dezembro. E, no entanto, nunca tanto como este ano temi Dezembro. Dia 1, pela manhã, se tudo correr como previsto, vejo-me livre deste fardo, deste peso, desta angústia permanente. Não sou ingénua ao ponto de achar que há uma vida antes e outra depois de dia 1 de Dezembro, mas sei que, por agora, preciso de abrandar, atingi há muito o limite máximo da minha energia, da minha força e da minha determinação. Somado ao medo imenso que não abranda, há um descaso com o depois e uma concentração genuína no Dezembro. Quero chegar bem a Dezembro, quero que Dezembro comece e acabe livre de sobressaltos. Só para ver se me reergo e ganho em tamanho a coragem para voltar às lutas. Tenho feito esta tese em condições pouco saudáveis. Tenho tido mil coisas mais importantes a chamarem por mim. E, nas horas vagas, lá volto eu a arrastar-me para escrever mais duas linhas. Mais que uma coisa brilhante, ambiciono qualquer coisa acabada. Um dia, quando isto acabar, conto-vos dos sobressaltos que apareceram desde Agosto, das tardes inteiras em que as lágrimas me molharam o teclado do computador e de como, mais que uma tese, este é um trabalho demasiado árduo de superação. Não porque esteja muito bem (começo a achar que, se calhar, nem está), mas porque, contra todas as expectativas, se vai fazendo. Não sei se e como hei-de pôr termo ao demónio, mas continuo focada numa verdade indesmentível: já faltou mais.
Muita força nesta recta final.
ResponderEliminarAqui sofremos do mesmo.
Ele que terá de terminar nos próximos dias e está também no limite.
E eu que tenho ainda o peso até ao final de fevereiro.
E sim depois vamos todos respirar ;)